Os dispositivos vestíveis, ou wearables, podem motivar e incentivar os indivíduos a serem mais ativos fisicamente, afirmou Francis Hoe, diretor da Misfit, durante sua breve passagem o Fórum de Saúde Digital, que chega à sua sexta edição nesta quinta-feira, 2, em São Paulo.

Para Hoe, a utilização de wearables deve crescer nos próximos anos. Ele cita uma pesquisa do site Business Insider que aponta um crescimento de 35% na venda de equipamentos nos próximos cinco anos, alcançando 148 milhões de unidades vendidas anualmente em 2019. Como fator para o crescimento, o executivo aponta a popularização de devices relacionados a bem-estar e saúde, com o usuário acompanhando suas funções físicas no cotidiano.

“Os wearables podem guiar a inovação em muitas maneiras diferentes. Nós acreditamos que os dispositivos vestíveis devem fazer a diferença na vida dos indivíduos de modo positivo”, disse Hoe.

Do smartwatch ao salva-vidas

A Misfit, que está no Brasil com relógio inteligente Misfit Shine, ainda possui em seu portfólio produtos conectados como roupas, lâmpadas, acessórios e um monitor de sono. No entanto, Hoe lembra que o primeiro wearable de saúde foi criado em 1975: o botão para salva-vidas usado amplamente nos hospitais. Embora seja uma peça obsoleta, o profissional indica que quando acionado, a chance de salvar uma vida é de 80%.

“Nós aprendemos com o tempo que os wearables surgiram para serem convenientes e funcionais”, explica Hoe. “Hoje existe uma imensidão de produtos, o que dificulta a escolha do consumidor”.

O executivo avalia que aqueles que desejarem entrar no mercado de dispositivos vestíveis devem estar prontos para inovar e criar o wearable dos sonhos. “No melhor dos cenários o wearable dos sonhos precisa ser usado o tempo inteiro, por um longo período, por muita gente”.