A Qualcomm começou a vender nesta segunda, 2, seu relógio conectado Toq nos Estados Unidos através da Amazon e, segundo o vice-presidente sênior e presidente da Qualcomm para América Latina, Rafael Steinhauser, não deverá chegar ao Brasil. Isso porque o Toq foi desenvolvido como um "design point", uma prova de conceito, como explica o diretor de desenvolvimento de produtos da empresa, Roberto Medeiros: "Foram produzidos apenas algumas dezenas de milhares de unidades para servir de veículo de demonstração da tecnologia". "Desenvolvemos para mostrar o que entendemos que pode haver de melhor em tecnologia e aplicações em um relógio conectado e esperamos que nossos parceiros da indústria as adotem", completa Steinhauser.

Em setembro, o CEO da Qualcomm, Paul Jacobs, havia admitido que, por trás do lançamento do Toq, existia o plano de a companhia oferecer projetos de referência para fabricantes produzirem os seus próprios modelos de smartwatches. Mas colocar esse plano em prática pode levar ainda um tempo.

"Primeiro fazemos o design point para a indústria entender o conceito. E ainda é cedo para falarmos em design de referência em regime de turn-key, como temos para smartphones e tablets", reconhece Medeiros.

Set-top Boxes

Já um projeto de referência para caixas conectadas está prestes a sair do papel. Também em setembro, durante o IBC em Amsterdã, Qualcomm e a companhia de mídia Technicolor (que introduziu as imagens coloridas no cinema) anunciaram um acordo de colaboração para a produção de um novo set-top box que utiliza tecnologia LTE, broadcast terrestre e sistema operacional Android. O SVELTE (Stimulating Video Experience over LTE) funcionaria como um media center portátil que usa o processador móvel Snapdragon 600 para não só levar serviços de TV, mas também conectividade e jogos compatíveis ao televisor.

"Identificamos bastante interesse da indústria não apenas para media boxes como também para smart TVs e estamos muito perto de ter um projeto de referência para set-top boxes", revela Medeiros.