Os novos smartphones de preço de entrada e médio com os chipsets Qualcomm Snapdragon série 600 e 400 devem chegar ao mercado a partir do segundo semestre deste ano. Mas, de acordo com Roberto Medeiros, diretor sênior de produtos da Qualcomm, isso ainda depende da definição de estratégia de portfólio de cada marca e fabricante.

Questionado se os smartphones devem chegar ao mercado com especificações reduzidas, Medeiros foi enfático: "Não acredito que teremos smartphones capados". Na visão do executivo, a disputa por especificações está "perdendo valor" e as empresas devem começar a focar mais na experiência dos usuários, como mais bateria ou melhor câmera para selfies. No entanto, ele assegura que o uso de especificações técnicas de smartphones deve ter espaço entre usuários que buscam por mais informações de tecnologia e no B2B, que as compara antes de repassar aos clientes.

IoT

Aproveitando a palestra de Internet das Coisas (IoT) de seu colega Frederico Vieira da Silva, engenheiro da Qualcomm, durante o primeiro dia do Tela Viva Móvel, nesta terça-feira, 3,em São Paulo, o diretor de produtos da empresa acredita que IoT trará infinitas opções, mas depende de mais rapidez, mais banda, confiabilidade e simplicidade.

"Você precisa de simplicidade, senão a Internet das Coisas não escala", enfatizou Roberto Medeiros. "IoT para a Qualcomm é levar conectividade para a ponta com poder computacional de forma simples e confiável".

Durante o evento, a Qualcomm apresentou dois chips de tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE) da CSR, companhia recém-adquirida com opções de chips de US$ 100 e US$ 300. Essa é a das apostas para a empresa em comparação ao RFID, embora custe o dobro.

Questionado se é realmente necessário conexão móvel para IoT, uma vez que a Qualcomm lançou ontem um SDK para redes neurais, Medeiros acredita que vai depender da necessidade de cada empresa. Mas crê muito mais em um modelo híbrido, com opções de serviços funcionando on e offline.