A nova versão do Google Fotos, aplicativo de gestão de fotografias do Google, é revolucionário. A empresa conseguiu embutir dentro do app toda a sua experiência com reconhecimento de imagem, desenvolvida e lapidada ao longo dos últimos anos com o Google Goggles e a busca por imagens em sua pesquisa na web. Agora, o usuário final pode procurar por fotos com um determinado objeto ou lugar dentro da sua biblioteca de imagens. Por exemplo, posso pesquisar por "cerveja" e encontrar todas as fotos que tirei na minha vida com garrafas e copos de cervejas artesanais. Bom, talvez não em toda a minha vida, mas pelo menos desde que associei minhas fotos tiradas no celular a uma conta do Google: no meu caso, há seis anos. É possível também fazer buscas combinadas, tal como na web. Uma busca por "praia + criança" mostra apenas as imagens que tirei dos meus filhos em praias. Tudo isso sem que o usuário precise indexar nada: os algoritmos do Google fazem o reconhecimento automático do conteúdo das imagens.

A pesquisa cronológica também ficou mais fácil. Agora é possível dar um "zoom in" ou "zoom out" no tempo, agrupando as imagens por dias, meses ou anos, algo parecido com o que a Apple apresentou em seu novo app de gestão de fotos.

Outra característica revolucionária é que a Google passou  a oferecer armazenamento ilimitado de fotos de até 16 MP e de vídeos de até 1080p. O upload é feito automaticamente, via Wi-Fi e, se o usuário autorizar, pela rede móvel. Além da segurança de ter um back-up de todas as suas imagens e vídeos, o usuário passar a poder buscá-las pelo laptop, na web, com a mesma funcionalidade de reconhecimento de imagem.

Ainda há falhas, sim, nos resultados das buscas. De vez em quando aparecem imagens que nada têm a ver ou que podem ser confundidas com o termo da pesquisa. Uma busca por "neve", por exemplo, apresentou entre os resultados uma foto de meu filho na piscina: mas era uma imagem em preto e branco com alto contrate. Provavelmente o algoritmo interpretou toda aquela brancura como se fosse neve. Além disso, ainda há objetos que não são encontrados. Embora tenha várias fotos com "óculos escuros", a busca não encontra nenhum resultado. Mas os erros são insignificantes diante dos benefícios da nova ferramenta de busca. E, obviamente, ela será aprimorada com o tempo. Sinto falta, aliás, de poder marcar uma determinada pessoa em algumas fotos e tê-la reconhecida a partir daí em toda a biblioteca. Não duvido que isso será acrescentado no futuro…

O Google Fotos possui também um assistente, que cria automaticamente sugestões de animações, álbuns de histórias e edições de vídeo a partir da biblioteca do usuário. Muitas vezes são edições bacanas, que valem a pena serem salvas e compartilhadas.

Um detalhe interessante: o app está disponível tanto para Android quanto para iOS. Sugiro aos usuários de iPhone experimentarem a novidade e compararem com o app padrão da Apple. Acredito que vão se surpreender. Recomendo também a leitura de um artigo que publicamos no MOBILE TIME na semana passada sobre o impacto do Google Fotos nos setores de back-up na nuvem, fabricação de handsets e publicidade móvel.

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