Hyupp

Startup mira crescimento com aluguel de powerbanks

A Hyupp (Android, iOS), startup que trabalha com máquinas de aluguel de powerbanks, espera chegar a 800 vendings machines em locais públicos de São Paulo e, com isso, alcançar R$ 2 milhões de faturamento até o final e 2021.

A companhia possui aproximadamente 50 máquinas em bares, restaurantes e no aeroporto de Congonhas, e tem contrato fechado para instalar outras 85.

Iniciando suas operações no final de 2020, a startup começou a atuar em um momento peculiar, em plena pandemia do novo coronavírus. Mas, em conversa com Mobile Time, Ahmed Kadura, CEO e sócio-fundador da empresa, explica que se trata de uma estratégia de longo prazo para a construção da imagem da Hyupp.

Inclusive, Kadura pondera a respeito dos retrocessos para fase vermelha em cidades do estado de São Paulo.

“Talvez não seja a hora (pela pandemia). Mas não tem custo nenhum para o restaurante instalar a máquina. Desenvolvo o sistema desde 2018. Estava com as máquinas prontas. Tenho a filosofia do ‘antes feito do que perfeito’. O vírus vai passar eventualmente”, explica o executivo.

“Nos preparamos e temos capital para manter isso de graça (para empresas) no ano inteiro. E os locais que colocamos (as máquinas) não vão fechar. Inclusive, tivemos que negar outros locais. Isso foi uma estratégia de marketing e confiabilidade”, completou.

Modelo de negócios

Kadura explicou que os estabelecimentos não têm custos com a máquina, exceto a energia que a estrutura gasta. Gestão e manutenção é da Hyupp. Entre os locais que possuem as máquinas estão Ofner, Outback, Coco Bambu, Quintal do Espeto, São Conrado Bar, Nattu restaurante, São Bento Itaim Bar e aeroporto de Congonhas.

Bares e restaurantes são a primeira fase de expansão da empresa. Kadura explica que ainda há outras três etapas:

fase dois – shoppings, aeroporto e metrô;

fase três – hotelaria e hospital;

fase quatro – postos de gasolina, supermercados e drogarias.

O modelo de negócios consiste no aluguel de um powerbank pelo consumidor. A pessoa deve alugar por meio do app da Hyupp e pagar via cartão de crédito. Com o pagamento liberado, o usuário escaneia o QR Code e retira o carregador da máquina.

O preço por hora é de R$ 2 e cada powerbank tem 5.000 mAh. Após o término do período de uso, o consumidor é avisado para devolver o carregador em uma das máquinas da Hyupp. Caso não devolva o powerbank em dois dias, uma taxa de R$ 120 é cobrada.

Estratégia

A máquina da Hyupp é fabricada na China. Mas tanto a vending machine quanto o app precisaram ser adaptados aqui no Brasil. A adaptação entre hardware, software e app foi feita pela Simonini Software, da qual a Hyupp se tornou sócia em 2020.

Atualmente, as máquinas que estão no Brasil são os modelos menores, com espaço para 12 powerbanks. Mas a startup tem planos para trazer máquinas maiores, de 24 powerbanks, só que dependem de transporte marítimo, atualmente afetado pela crise do novo coronavírus.

Por sua vez, as máquinas menores podem ser transportadas por aviões, ainda com a maioria das linhas de frete atuantes. Em média, 30 a 40 máquinas são enviadas via companhias aéreas. Quando trouxer a máquina maior, Kadura espera abrir uma nova frente de negócio com mídia, uma vez que essas vending machines para 24 carregadores possuem telas LCD para veicular imagens e vídeos. Contudo, o executivo ressalta que o foco maior de lucro é com os usuários que alugam os carregadores.

“O nosso foco é 100% no serviço (de aluguel de powerbanks). Para 2021, nós temos relatórios dos chineses de como funciona o uso e o faturamento. Lá tem um mercado (de aluguel) desde 2017 – são três anos de análise”, disse. “Na China, cada powerbank passa na mão de seis a oito pessoas, em média, por dia. Aqui, a previsão é de três pessoas. Nisso, o payback médio de uma máquina é de um mês e meio. Se instalarmos as 800 máquinas, haverá um crescimento astronômico. Queremos fechar com faturamento de R$ 1,7 milhão a R$ 2 milhões”, completou.