O faturamento com vendas in-app no Brasil cresceu 145% no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período um ano antes. De acordo com análise da AppsFlyer, as categorias de aplicativos que tiveram alta mais acentuada foram: relacionamento (+406%); negócios (+353%); produtividade (+350%); alimentação (+342%); e finanças (+236%).

Por outro lado, os apps de saúde e fitness, estilo de vida e social tiveram quedas de 50%, 4% e 16%, respectivamente. A companhia atribui essa movimentação às “condições atípicas” da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV 2), como o aumento das compras online e reduções de viagens.

As informações são baseadas em um relatório da companhia que mede 700 milhões de instalações de apps dos primeiros trimestres de 2019, 2020 e 2021. A empresa monitora 3 mil aplicativos com ao menos 5 mil instalações não-orgânicas.

Consumo

O relatório revela que, em média, menos de 3% dos usuários de apps que não são de jogos gastam dinheiro no aplicativo em até 30 dias após a instalação. No caso de games, essa porcentagem cai para menos de 1%. Neste cenário, a AppsFlyer cita um aumento de usuários de aplicativos que fazem compras in-app no Brasil.

Por setor, alimentação subiu 12,5 pontos percentuais, de 7,5% para 20% de participação sobre o total de compras in-app, na comparação entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período neste ano. O segmento de Finanças também se destaca com alta de dois p.ps, de 3% para 5%.

Em queda aparecem: compras, recuo de 0,3 ponto percentual, de 6,3% para 6% do total de aquisições in-app; educação, caiu de 3% para 2%; e entretenimento, que baixou de 1% para 0,7%.

Desinstalações e retenção

A Appsflyer aponta preocupação em dois pontos analisados no primeiro trimestre de 2021: desinstalação e retenção de usuários no app. Mais da metade (53%) dos apps instalados foram apagados dos celulares dos brasileiros um mês após a instalação, alta de 13 pontos percentuais ante 40% medido um ano atrás.

A categoria que mais sofre com desinstalação são os jogos. Em média, três a cada cinco são desinstalados dentro de 30 dias.

Por consequência, a taxa média de retenção no primeiro dia caiu 1,5 ponto percentual, de 24,5% no primeiro trimestre de 2020 para 23% no mesmo período em 2021.

“Essa queda se reflete, em maior ou menor grau, em todas as dez maiores categorias de aplicativos, com exceção dos apps de finanças, que ficaram estáveis. As taxas do app médio caíram em todos os pontos de mensuração – do 1º ao 30º dia após a instalação. Isso demonstra a dificuldade dos apps em reter seus usuários e transformá-los em clientes fidelizados”, diz trecho do relatório.