A empresa israelense Cellebrite está buscando novos clientes no Brasil para os seus serviços de perícia forense e ciclo de vida de equipamentos móveis. Para isso, a empresa está contratando um gerente de vendas com para relacionar-se com varejistas e operadoras.

A companhia é uma subsidiária da Sun Corporation e mais conhecida como uma das principais fornecedoras da Apple. Seu principal negócio é a venda de equipamentos de análise dos dispositivos avariados. No caso da Apple, dispositivos como iPhones, iPad, iPods e Apple Watches são analisados pelas máquinas da Cellebrite, que ficam instaladas nas lojas da Apple no mundo todo – em média dois ou três equipamento por Apple Store.

“Ainda não tenho clientes no Brasil, mas tenho contrato com uma operadora que vai lançar em breve uma de nossas soluções – o lançamento será no primeiro semestre”, revelou Luciano Oliveira, diretor de vendas da divisão MobileLifeCycle da Cellebrite na América Latina.

“No Brasil, estamos fazendo um trabalho com cuidado. Em ano de crise, qualquer serviço que você agregue ao seu produto pode ser um diferencial. O objetivo é o foco nos varejistas e nas operadoras”, completa. Além da Apple, Telefónica Chile, Claro Argentina e BestBuy nos Estados Unidos utilizam as soluções da Cellebrite.

Crescimento no Brasil e América Latina

Para o mercado latino-americano, a empresa aposta em dois formatos de negócios: vendas e leasing. Oliveira afirma que conversou com fabricantes de handsets, mas apenas as operadoras e varejistas demonstraram interesse pelos equipamentos de perícia.

No Brasil, a operação da Cellebrite começou em 2015. O diretor de vendas espera um crescimento de dois dígitos em seu faturamento para o primeiro semestre de 2016 na região latino-americana.

“Nós estamos muito otimistas para a América Latina. Esperamos crescimento de 20%, uma estimativa inicial para os primeiros seis meses”, disse o executivo . “Nós estamos empolgados de começar um trabalho incisivo no Brasil. Estamos empolgados com o momento do País, pois não estou oferecendo algo que vai gerar custo, mas um serviço que pode agregar valor e vender mais serviço para os clientes”.

Diagnóstico de smartphones

O serviço que a Cellebrite vai implantar em uma operadora brasileira é o de diagnóstico de smartphones. A solução funciona por autoatendimento ou remotamente para dar informações sobre os danos em um celular.

"Por meio do aplicativo selfcare, o cliente passa o código para o atendente. O funcionário da loja gera a conexão com o aparelho de celular para fazer a análise e o diagnóstico do equipamento”, explica o diretor de vendas. “Com base em nossa expertise, 90% dos problemas de smartphone são em software. Então fizemos essa funcionalidade que faz teste geral no equipamento: sensores, câmera, memória e se inclusive há malware no equipamento”.

A ideia da Cellebrite é que as operadoras e lojistas sejam capazes de prestar um serviço diferenciado ao seu cliente. Para o executivo, o usuário final muitas vezes não recebe a devida orientação quando leva um smartphone avariado para a loja.