A Intel prevê que até 2025 mais de 100 milhões de computadores pessoais (PCs) com inteligência artificial serão vendidos no mundo com a sua nova linha de processadores Intel Core Ultra.

Os novos chipsets da companhia têm como diferencial a presença de uma unidade de processamento neural (NPU, na sigla em inglês). A NPU é dedicada especificamente para aplicações de IA, que nos computadores tradicionais são processadas pela GPU ou pela CPU. Nos PCs com IA, a NPU libera a GPU e a CPU para outras tarefas, acelerando o desempenho e poupando bateria. Além disso, o processamento local de IA, ainda que parcialmente, é considerado mais seguro para a preservação de dados do que aquele feito na nuvem.

Ecossistema e Brasil

Mais de dez fabricantes de computadores pessoais estão comprometidos em lançar modelos com a linha Intel Core Ultra, incluindo as brasileiras Positivo e Multi. A expectativa é de que os primeiros produtos no Brasil cheguem no segundo trimestre.

“Há 14 milhões de PCs no Brasil com mais de quatro anos. Eles são elegíveis para refresh para Windows 11. É um mercado gigante”, comenta Ricardo Ferraz, diretor de PCs da Intel Brasil, em coletiva com a imprensa nesta terça-feira, 5, em São Paulo.

Com o objetivo de estimular o ecossistema em torno desse novo conceito de computadores pessoais, a Intel criou um programa de aceleração de PC com IA, do qual fazem parte mais de 100 desenvolvedores de software. Eles estão criando ferramentas com IA otimizadas para o uso do Intel Core Ultra. A empresa planeja trazer o programa para o Brasil. “A base instalada vai atrair os melhores desenvolvedores. Vai ser um círculo virtuoso”, prevê Ferraz.

Imagem no alto: Ricardo Ferraz, diretor de PCs da Intel (Divulgação)

O jornalista viajou para São Paulo a convite da Intel