O mercado brasileiro de telefonia móvel voltou a subir em julho, segundo dados da Anatel. Excetuando o mês de maio, quando a base ficou relativamente estável (com apenas 7,8 mil acessos a mais, ou 0,003% de crescimento), foi a primeira alta substancial desde março de 2018, quando aumentou 0,06%. No total, o serviço móvel encerrou o sétimo mês deste ano com aumento líquido de pouco mais de 195 mil acessos, ou 0,09% acima de junho, somando 228,585 milhões de linhas. Como tem sido a tendência, o que motivou o aumento da base foram a tecnologia 4G e os acessos pós-pagos – a agência contabiliza nessa categoria também os planos controle.

Desta vez, porém, houve um ritmo menor nas adições do pós-pago, que cresceu 0,60% (628,7 mil adições líquidas) e encerrou o mês com exatos 46% do mercado, ou 105,150 milhões de acessos. A questão é que o pré-pago caiu menos. A redução foi de 0,35% (ou 434,5 mil desconexões), contra uma queda de 0,90% (menos 1,127 milhão de linhas) no mês anterior. Assim, o segmento agora tem 123,433 milhões de acessos, ou 54% do mercado nacional.

Em adições líquidas, a operadora que mais avançou no pós-pago em julho foi a Claro, com 288,4 mil linhas a mais, total de 25,603 milhões de acessos, ou 45,3% de mix na própria base. Se considerada a fusão com a Nextel (ainda não concluída, mas com previsão para acontecer até o final deste ano), a empresa teria um mix de 48,4% de acessos pós-pagos.

O melhor mix do pós ainda é o da Vivo, a única que tem mais da metade (56,8%) da sua base com essa proporção. A operadora adicionou 240 milhões de acessos na modalidade, totalizando 41,954 milhões de linhas – ou seja a maior base pós-paga do País. Confira a relação entre pré-pago e pós das quatro principais operadoras no gráfico abaixo.

Tecnologia

Como tem sido comum nos últimos meses, a tecnologia 4G foi a única para o consumidor final a mostrar números positivos. Após crescer 1,17% (crescimento líquido de 1,666 milhão de acessos) em comparação com o mês anterior, o LTE totalizou 143,777 milhões de linhas. No comparativo anual, o crescimento é de 19,19%.

A operadora que mais cresceu em julho foi a Vivo, com aumento de 1,72% (769,3 mil adições líquidas) em relação ao mês anterior. A empresa é líder do segmento, com 45,385 milhões de acessos (ou 31,57% do mercado). A TIM é a segunda colocada (com 25,50%), e também foi a segunda com maior aumento líquido: 324,9 mil adições, ou 0,89%. A tele tem 36,658 milhões de acessos.

Já o ritmo de queda das outras tecnologias foi diferente. O 2G reduziu 2,48% (515,3 mil desconexões), taxa semelhante a de outros meses, mas maior do que a de maio, quando só caiu 0,49%. Assim, o GSM encerrou julho com 20,236 milhões de linhas.

Por sua vez, o 3G caiu menos do que em junho. A redução foi de 3,25% (1,336 milhão de desconexões líquidas), contra 5,72% (2,491 milhões de desligamentos), totalizando 39,755 milhões de acessos. Considerando os grupos econômicos, quem mais desligou no mês foi a Vivo, com uma redução de 461,6 mil linhas (4,20% de queda) e total de 10,522 milhões de acessos. A líder em WCDMA, a Claro, reduziu 277,5 mil linhas (2,03%), encerrando o mês com 13,361 milhões de conexões.

Nas conexões máquina-a-máquina (M2M), houve avanço nos recortes Especial e Padrão. No primeiro, o aumento foi de 1,42%, totalizando 8,874 milhões de acessos. No segundo, o crescimento foi de 1,99%, total de 13,725 milhões de conexões.

Vale notar que as tabelas da Anatel referentes a julho trazem dados inconsistentes no recorte de grupo, pois a Algar Telecom estava zerada no mês. Na verdade, a base da operadora mineira está misturada com a do grupo de pequenos prestadores (classificada pela agência como “Outros”).