A Kodak Alaris lançou oficialmente no Brasil seu aplicativo para impressão de fotos dos smartphones remotamente, o Kodak Moments (Android e iOS), que remete à lendária expressão cunhada pela companhia no passado: o ‘Momento Kodak’.

No aplicativo, uma pessoa pode escolher a foto armazenada no celular ou baixar de suas redes sociais, alterar seu tamanho, editar com filtros, cortar, selecionar 40 opções de fotopresente (foto em caneca, porta-retratos, photobook, entre outras 'lembrancinhas' com imagens), optar para qual loja deseja pedir o serviço, efetuar o pagamento e decidir se vai retirar na loja ou receber em sua casa. Apenas cartões de crédito são aceitos para o pagamento, que é feito pelo Mercado Pago. O usuário ainda pode deixar um valor carregado dentro do app (pré-pago). Em breve, a Kodak deve adicionar opção de pagamento por boleto.

Adicionado às lojas de apps em março, o serviço chega oficialmente ao Brasil neste mês com a opção de envio da foto ao comércio para retirá-la no balcão ou receber em sua casa. São mais de 400 totens (Kodak Pictire Kiosk) aptos para fazer a impressão das fotos à distância em lojas de fotografia digital espalhadas pelo Brasil. Outra opção dentro de uma loja é acessar o app via Wi-Fi e pedir a impressão de fotos armazenadas no celular. Com o acesso por Wi-Fi, sobe para 4 mil o número de totens capazes de fazer impressão em conectividade com dispositivos móveis.

Além do app Kodak Moments, a empresa deve lançar em julho um módulo de rede social que permitirá aos clientes da marca compartilharem suas fotos com amigos, sem publicidade. O usuário poderá enviar as fotos publicadas para impressão, mas não poderá fazer quando marcar algum amigo, por questão de privacidade adicionada ao serviço.

Fotos no mobile

O novo app marca a entrada da Kodak Alaris no mercado mobile. De acordo com o diretor geral e VP da Kodak na América Latina, Guillermo Lella, o início da operação da empresa centenária no mobile é visto como o futuro do negócio da fotografia. “A revolução dos smartphones é um paradigma para várias indústrias, inclusive para a nossa”, disse Lella. “Nunca antes na história vimos tantas câmeras no mercado mundial”.

Para entrar nesse mercado, além de considerar o crescimento dos smartphones no Brasil, a Kodak citou dados de uma recente pesquisa da Infotrends: 42% das fotos impressas vêm de celular, 60% dos usuários preferem ver imagens impressas e 35% dos usuários não tiveram tempo de imprimir fotos no último ano.

Questionados se a entrada da Kodak no mercado mobile seria tardia, uma vez que existem dispositivos residenciais como impressoras de foto, a gerente de marketing da empresa na América Latina, Valéria Carneiro, diz desconhecer qualquer rival no mercado latino-americano móvel.

Sobre a diferença do mercado latino-americano para o norte-americano, o diretor de marketing para América Latina, Guillermo Ordonez, frisa que há espaço para crescer, como a entrada dos totens no varejo e a opção de fotopresentes (mais barata ao brasileiro em ano de crise), algo que está bem maduro nos EUA em grandes lojas como Target e Walmart.

No Brasil, unidades do Walmart já possuem o Kodak Picture Kiosk, mas ainda não estão habilitadas para receber clientes do app Kodak Moments. Carneiro, afirma que está em estudo a expansão para essa e outras do lojas do varejo, mas ressalta que para funcionar precisa de acesso à Internet.

Futuro da Kodak Alaris

Três anos após ter o negócio de fotografia e imagens comprado pelo fundo KPP – resultado de uma recuperação judicial com outra divisão, Kodak Eastman, ficando responsável por outros negócios como impressão de grande porte e gestão de patentes – a companhia mira agora no crescimento através do mobile e vê o Brasil como um dos principais mercados. No País desde 2014, a divisão brasileira é responsável por 40% dos negócios da empresa na América Latina, sendo a principal fonte de receita da Kodak Alaris na região e a sexta no mundo.

Ordonez afirmou que, além da impressão de fotos, a companhia pode criar no futuro um modo mobile para imprimir documentos. Outra opção seria impressão 3D, ainda em estudo, pois pode se tornar algo caro para o lojista que compra o Kiosk da Kodak.

O rechaçou a ideia de comprar start-ups para melhorar seus negócios mobile, exceto aquelas que agreguem algo à sua tecnologia.