A comScore publicou este mês seu primeiro relatório de acompanhamento do mercado norte-americano de tablets. O objetivo é medir a popularidade e o perfil do usuário de três categorias de tablets: iPad, Android e Kindle Fire (que, apesar de usar o sistema operacional Android, foi tratado como uma categoria à parte na pesquisa). Uma descoberta curiosa foi que o público do Kindle Fire é composto majoritariamente de mulheres (56,6%), enquanto nas outras duas categorias o público feminino é quase igual ou um pouco menor que o masculino (49,1% entre Androids e 47,1% entre iPads).
A faixa etária preponderante na base de usuários de tablets dos EUA é aquela entre 25 e 34 anos, respondendo por 24,2% do total, seguida pela faixa de 35 a 44 anos (20,6%). Não há diferenças significativas na comparação etária entre as três categorias de tablets: em todas elas a faixa de 25 a 34 anos lidera.
Na análise por renda familiar, fica claro que os donos de iPads são mais ricos: 46,3% deles têm renda familiar anual superior a US$ 100 mil, enquanto entre donos de tablets Android e Kindle Fire esses percentuais são de 32,5% e 33,3%, respectivamente.

Motivação

A comScore também pediu que os consumidores dessem uma nota de 0 a 10 sobre a influência de diversos fatores na escolha do seu tablet. No iPad, a nota mais alta foi para o portfólio de apps (8,1), seguida de marca (8,0). Entre os donos de tablets Android e Kindle Fire, o fator mais importante foi o preço (7,9 e 8,1, respectivamente), seguido de sistema operacional (7,4), no caso do primeiro, e portfólio de apps (7,5), no segundo.

A comScore incluiu entre as motivações de compra o fato de o tablet ter o mesmo sistema operacional do smartphone. As notas para essa razão foram baixas nas três categorias, com média de 6,4. Na análise da companhia de pesquisas, isso poderia abrir espaço para as vendas do Surface da Microsoft, apesar de a penetração de smartphones com Windows Phone ainda ser baixa no mundo.