A receita líquida da TIM cresceu 4,4% no terceiro trimestre de 2018 no comparativo com igual período do ano anterior, totalizando R$ 4,261 bilhões, segundo balanço financeiro divulgado pela operadora nesta terça-feira, 6. Considerando o acumulado de nove meses até setembro, a companhia somou R$ 12,571 bilhões, um avanço de 5%.

Todos as fontes de receita mostraram crescimento no trimestre. A de serviços aumentou 3,3% (total de R$ 4,034 bilhões), sendo que o serviço móvel foi responsável por R$ 3,811 bilhões (aumento de 2,8%) e o fixo, R$ 223 milhões (avanço de 11,6%). Considerando o acumulado de janeiro a setembro, o crescimento foi, respectivamente, de 5,1% (total de R$ 11,981 bilhões) para serviços; de 4,8% para os serviços móveis (R$ 11,347 bilhões); e de 10,5% para o serviço fixo (montante de R$ 634 milhões).

A companhia destaca que a receita de clientes móveis (receitas de voz local + voz de longa distância + dados e conteúdo) “mostrou resiliência” ao crescer 3,1% no terceiro trimestre como resultado da “boa dinâmica de migrações entre segmentos e intra segmentos”. Por outro lado, caiu 16,7% nesse período a receita de interconexão, refletindo impacto do corte na tarifa VU-M. Destaca ainda um avanço de 10,4% na ARPU da TIM Live, que encerrou setembro em R$ 77,5, “fruto de um melhor mix de vendas após o lançamento do novo portfólio de planos FTTH em abril”.

Também cresceu o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) normalizado – isto é, considerando venda de torres (impacto de R$ 1,1 milhão no segundo trimestre e de R$ 1,8 milhão no segundo trimestre de 2017), custos temporários de RH e G&A (R$ 120 mil em 2017) e crédito fiscal devido à incorporação da TIM Celular pela TIM S.A. (R$ 950 milhões). No terceiro trimestre, o EBTIDA normalizado foi de R$ 1,657 bilhão, aumento de 8,6%. Nos três trimestres do ano, foi de R$ 4,694 bilhões, acréscimo de 12,3%. A margem EBTIDA normalizada subiu 1,5 ponto percentual e encerrou o trimestre em 38,9%, enquanto no acumulado houve avanço de 2,4 p.p. e margem de 37,3%.

O lucro líquido normalizado, por sua vez, foi de R$ 388 milhões entre julho e setembro, um crescimento de 38,9% frente a igual período de 2017. Considerando o intervalo de janeiro a setembro, a empresa lucrou R$ 974 milhões, avanço de 54,1%.

Por outro lado, os investimentos da TIM no trimestre caíram 10,3%, totalizando R$ 905 milhões. Ainda assim, o acumulado dos nove meses mostrou um Capex total de R$ 2,568 bilhões, o que representa aumento de 3,3% no comparativo com 2017. A companhia ressalta que houve “crescimento importante nos investimentos em fibra e cobertura móvel”, mas não detalhou onde foi possível reduzir o Capex. O fluxo de caixa operacional livre excetuando despesas da licença de 700 MHz subiu 4,8% no trimestre e alcançou R$ 909 milhões, enquanto nos nove meses avançou 65,8% e ficou em R$ 1,222 bilhão. O resultado foi devido ao crescimento do EBTIDA, que compensou crescimento no Capex.

A TIM destaca ainda ter atingido já no final de setembro 104% da meta prevista para o ano inteiro em seu plano de eficiência. As economias ultrapassaram os R$ 300 milhões.

Operacional

A TIM encerrou setembro com uma base total de 56,241 milhões de clientes móveis, uma redução de 5,3% comparado com o ano passado. Desse total, 36,604 milhões eram de acessos pré-pagos (queda de 14,1%), enquanto o pós-pago totalizou 19,637 milhões (avanço de 17,1%). Considerando apenas os contratos 4G, a companhia aumentou em 33,5% sua base, que totaliza 33,112 milhões de acessos. Já o serviço fixo TIM Live cresceu 19,5% no período, somando 449 mil contratos.

Em termos de cobertura, a TIM encerrou o trimestre com 3.172 cidades com 4G, um avanço de 32,1%. Desse total, 1.172 foram habilitadas com 700 MHz, avanço de 289,4%; e 2.110 contam com VoLTE (contra apenas 177 em setembro de 2017). A operadora ainda tem cobertura 3G em 3.127 municípios, um aumento de 6,8%.

A companhia destaca ter encerrado o período com 18.800 sites, dos quais 64% eram conectados com backhaul “de alta capacidade”. Somados, o backbone e backhaul da operadora totalizavam 86,7 mil km, um aumento de 8%. Considerando somente a banda larga fixa da TIM Live, a base contava em setembro com 761 mil domicílios cobertos (homes-passed) em FTTH e 3,6 milhões em FTTc, totalizando 4,1 milhões de residências em 12 cidades.