“Nós ganhamos mais market share durante a crise. Com isso crescemos na América Latina ano passado”, frisou o presidente global da Motorola, Sergio Buniac

A Motorola finalizou o ano de 2018 mantendo-se no posto de vice-líder em vendas de smartphones no Brasil. É o quinto ano da empresa na posição de número dois em market share e ainda terminou 2018 com dois terços de mercado na gama de preço entre o intermediário e o alto (mid-high), informou o presidente global da Motorola, Sergio Buniac, citando dados de GFK e IDC.

O gerente geral para o Brasil da Motorola, José Cardoso, disse que a família G foi um dos grandes impactos para o desenvolvimento da empresa na região em 2018, uma vez que obteve um incremento de aproximadamente 10% nas vendas desses dispositivos, quando comparado a 2017.

Buniac frisou ainda que, desde a primeira geração, lançada no começo da década, a Motorola vendeu “26 Moto G por minuto”. Pelos cálculos, então, foram vendidos 3 mil unidades somente durante o evento de lançamento da sétima geração do principal handset da companhia, que aconteceu em São Paulo nesta quinta-feira, 7.

Preços e competição

Em conversa com jornalistas, Buniac respondeu sobre a entrada de novos fabricantes no mercado nacional e um possível aumento no preço dos smartphones. Sobre a entrada de um novo player, o executivo disse não se preocupar. Falando especificamente sobre a Huawei, ele lembrou que a Motorola cresceu no mercado mexicano (29%) mesmo com a presença da fabricante dos handsets Mate e Honor.

Em relação aos preços, Buniac disse que não enxerga um aumento no mercado nacional. Em sua visão, a demanda do mercado brasileiro permite comercialização em todos os segmentos, dos smartphones de entrada (R$ 599) até os mais caros (acima de R$ 3 mil). Inclusive, ele não vê uma mudança muito drástica nos preços praticados por sua companhia, uma vez que deve ofertar celulares começando por R$ 699 até valores acima de R$ 2,5 mil.

América Latina

Na América Latina, a divisão móvel da Lenovo (MBG) cresceu 4%. A companhia chegou na segunda posição de vendas de smartphones, com 17% de market share, em um ano em que o mercado como um todo caiu 6,3%.

“Nós ganhamos mais market share durante a crise (brasileira). Com isso, crescemos na América Latina ano passado”, frisou o presidente global da Motorola. “Quando as coisas vêm certo, o resultado vem rápido. Um exemplo é que nós sofremos menos na crise. E queremos crescer mais em 2019”.

Mundo

Outro destaque revelado pelo presidente foi a posição global da Motorola dentro da Lenovo, que retornou a dar lucro no terceiro trimestre de 2018, a melhor performance financeira da divisão MBG em dois anos e meio, principalmente pelo corte de gastos operacionais da ordem US$ 175 milhões também no 3T18.

Buniac disse que o foco de seu trabalho no primeiro ano como líder da divisão foi: intensificar a melhoria do portfólio, cortar a linha de produção em 30%, manter a veia de inovação (um exemplo é o Mod de 5G para Moto, que deve chegar em março nos Estados Unidos) e focar em mercados que vendem bem, como Brasil e América do Norte (cresceu 60% no ano a ano e alcançou 8% de market share), além da redução da presença em alguns mercados emergentes.