Lucas Schoch é CEO da Bitfy

A carteira digital de bitcoin Bitfy (Android, iOS) divulgou recentemente uma parceria com a Cielo para que seus clientes possam realizar pagamentos nas maquininhas da adquirente com a criptomoeda. No caso, o cliente usa a moeda digital para fazer um pagamento e o estabelecimento recebe em real, depois de uma conversão feita durante o processo de compra. Com isso, as criptomoedas são aceitas em 1,5 milhão de máquinas POS espalhadas em todo o País.

“Para mim e para o Brasil significa que a gente vai para um outro patamar. Com isso, somos o País que mais aceita a criptomoeda no mundo. Para a nossa empresa é importante para alcançar nosso objetivo que é democratizar a criptomoeda”, disse para Mobile Time o CEO da Bitfy, Lucas Schoch.

A parceria com a Cielo é apenas o início para a Bitfy. O desejo de Schoch é voar alto e expandir ainda este ano para países da Europa e para os Estados Unidos. A ideia da carteira de bitcoin nasceu há dois anos. Desenvolveu-se nesse tempo e durante quatro meses de 2019 foi testada. Nesse período, ganhou corpo e no dia 3 de dezembro foi lançada oficialmente. Em um mês, a Bitfy conquistou 2 mil usuários e R$ 50 mil transacionados. A estimativa mínima da Bitfy é chegar ao fim do ano com 50 mil usuários. Mas, para Schoch, o número deverá ser bem maior por conta da expansão internacional e de novas parcerias relevantes.

“Não podemos adiantar ainda, mas em alguns dias devemos fechar com importantes empresas de pagamentos. Neste caso, seus clientes poderão comprar e vender bitcoins com a gente. É coisa grande”, garante o CEO.

Cielo: como funciona

Ao colocar o valor do pagamento na máquina, o cliente precisa escolher a opção “crédito à vista” e, assim, é gerado um QR Code. Enquanto isso, o cliente abre o app, clica no botão “paga” e escolhe a opção “máquinas Cielo”. Neste momento, a câmera do celular é acionada para a leitura do código QR. Por fim, o cliente digita a senha cadastrada do app.

Investimentos

Recentemente, a Bitfy fez uma rodada de investimento e um grupo de anjos aportou cerca de R$ 1,25 milhão na empresa. “Esse valor fez o nosso bootstrap. Financiei a operação nesse tempo e esse capital que entra vai para ações de marketing, entre outras. Lembrando que a Bitfy é uma empresa 100% digital e somos proprietários da tecnologia”, explica.

O CEO também explicou que a Bitfy deverá aceitar outras moedas digitais no futuro. Ainda sem previsão, no entanto, a iniciativa deverá acontecer quando o brasileiro estiver mais familiarizado com as criptomoedas e elas tenham maior liquidez. “De acordo com a Receita Federal, a partir de agosto de 2019, foram movimentados R$ 14 bilhões em moedas digitais no País. Nossa expectativa com essas parcerias é que o uso do bitcoin se torne uma opção interessante para o dia a dia como qualquer outra moeda”.