A navegação patrocinada em apps específicos é um sucesso no Brasil. Diversas marcas já experimentaram, como Bradesco, Netshoes, Mercado Livre, dentre outras. O único problema é que seu custo é alto, pois é preciso arcar com o acesso de qualquer usuário que abra o aplicativo quando conectado à rede móvel. Agora, a MUV e a Datami, duas empresas que oferecem esse serviço em parceria no Brasil, estão trazendo uma variação mais acessível para outras marcas. Trata-se da oferta da navegação patrocinada em apps específicos somente para os usuários que estão sem franquia de dados. Ou seja, a marca paga pelo acesso ao seu app somente do usuário  que esgotou seu pacote de dados. Isso permite um controle melhor do orçamento do projeto e não requer uma comunicação para o público em geral.

“A marca pode estabelecer um limite de orçamento para isso, desligando a navegação patrocinada quando atingi-lo”, explica Marcelo Castelo, um dos fundadores da MUV. “Fica mais fácil também de calcular o retorno sobre o investimento no projeto, pois sabemos exatamente quem acessou pela solução e quanto gerou de receita”, acrescenta. O executivo reforça que a novidade não inviabiliza o outro modelo, de navegação gratuita para todos, independentemente de o usuário ter ou não um pacote de dados.

A nova solução funciona nas quatro maiores operadoras brasileiras e está sendo chamada internamente na MUV e na Datami de “no data”. O Brasil é o primeiro mercado a experimentá-la. Três projetos estão com negociações avançadas e devem ser lançados nos próximos meses. Dois deles são de apps de comércio móvel e um é de uma prestadora de serviços com grande base de clientes e que deseja reduzir o tráfego em seu call center.

Em três anos, a MUV já participou de mais de 30 projetos de apps com navegação patrocinada. Hoje, há cerca de 15 em atividade.

Contratação

A MUV anunciou também a contratação do executivo Carlos Domingues como head do telco market. Ele agora é o responsável por fazer a ponte entre operadoras e anunciantes. Domingues tem larga experiência no mercado brasileiro de telecom.