A órbita da Terra está cada vez mais cheia de satélites e isso está se tornando um problema, seja pelo risco de colisões ou pelo aumento da complexidade do gerenciamento do espectro. O alerta foi feito pela gerente de dinâmica orbital da Claro empresas e diretora do Space Data Association, Erika Rossetto, durante painel no Congresso Latino-americano de Satélites, nesta quarta-feira, 8, no Rio de Janeiro, organizado por Teletime e Glasberg.

Há 30 mil objetos catalogados na órbita da Terra, dos quais 80% estão em baixa órbita (LEO) e grande parte destes pertencem a uma única constelação – a Starlink, do bilionário Elon Musk.

“Precisamos atuar de forma preventiva para que esse problema não fique incontrolável no futuro”, aconselhou Rossetto em sua palestra.

O excesso de satélites atrapalha também as pesquisas científicas. A poluição visual no espaço dificulta o trabalho de observação de astrônomos e de outros cientistas. A União Europeia está preparando um conjunto de normas e diretrizes para o uso do espaço de maneira a proteger as pesquisas científicas, chamado de Spact Act, destacou a executiva.

Do ponto de vista econômico e estratégico, a concentração da capacidade satelital de baixa órbita nas mãos de uma única empresa também é perigosa. Além disso, a grande quantidade de satélites em baixa órbita pode começar a atrapalhar a operação dos equipamentos localizados em órbitas mais altas.

Foto no topo da matéria: Erika Rossetto no Congresso Latino-americano de Satélites 2025 (Crédito: Fernando Paiva/Mobile Time)

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!

E siga o canal do Mobile Time no WhatsApp!