A empresa de aluguel de patinetes elétricos e bicicletas Lime (Android, iOS) encerrou sua operação na América Latina e em algumas cidades na Europa e Estados Unidos. A partir desta quinta-feira, 9, o app deixa de funcionar em Atlanta, Phoenix, San Diego e San Antonio, nos EUA; Linz, na Áustria; e Bogotá, Buenos Aires, Montevidéu, Lima, Puerto Vallarta, Rio de Janeiro e São Paulo na América Latina.

A confirmação foi publicada no blog da empresa por Brad Bao, CEO e cofundador da Lime. O executivo escreveu: “O fim dessas operações afeta não apenas nossos usuários, mas toda a comunidade Lime (funcionários em tempo integral e temporários). Nós sabemos que essa decisão impacta suas vidas e suas famílias.”

Com a decisão, a Lime passa a atuar em 82 regiões dos EUA e 64 cidades na Europa e Ásia, totalizando 146 cidades. De acordo com o site Axios, a rodada de demissões elimina 100 postos de trabalho da empresa, ou 14% do seu total de funcionários.

América Latina

Em nota enviada para Mobile Time, a equipe de comunicação da Lime no Brasil informou que a decisão “faz parte de uma estratégia global para alcançar sustentabilidade financeira”. A ideia é “concentrar recursos em mercados que nos permitam atingir nossas ambiciosas metas para 2020”.

“Somos gratos aos membros da nossa equipe, Juicers (usuários) e toda a comunidade que nos apoiaram durante essa jornada. Agradecemos a parceria que desfrutamos com São Paulo e Rio de Janeiro e esperamos poder retornar a operação Lime em uma hora mais oportuna”, diz a nota. “A operação de São Paulo será finalizada nas próximas semanas e no Rio de Janeiro nos próximos meses”.

Histórico e competição

A Lime é uma startup que recebeu investimento da Uber no passado. De acordo com Crunchbase, a companhia angariou mais de US$ 765 milhões em sete rodadas de investimento e atingiu um valor de mercado de US$ 2,4 bilhões em 2019. Com o montante recebido, a empresa fez uma expansão agressiva nos últimos dois anos. Mas não obteve o crescimento esperado em usuários e viagens.

Os meios de comunicação internacionais lembram que a Lime não é a única empresa que sofre nesse mercado. Outras, como Bird, Scoot, Lyft e Skip, vêm reduzindo suas atuações e realizaram demissões nos negócios de patinetes. Vale lembrar que, ao contrário da Lime, nenhuma dessas empresas atua no Brasil.