Estrago patrimonial no prédio do Congresso Nacional, invadido na tarde deste domingo (8), por manifestantes bolsonaristas. É possível identificar objetos quebrados, cadeiras jogadas e vidros estilhaçados, além de extintores e mangueiras contra incêndio espalhadas pelo local.

Destruição patrimonial no Congresso Nacional (crédito: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Ministério das Comunicações publicou nota de repúdio aos atos golpistas contra os três poderes da República no último domingo, 8, em Brasília. Em nota, afirma que as ações terroristas “representam um atentado à República e à Democracia, portanto, não serão tolerados”.

“As tentativas de golpe precisam ser combatidas. No rigor da lei, é preciso responsabilizar e punir todas as pessoas envolvidas nessa barbárie, que desvirtua o processo democrático e compromete o exercício pleno da cidadania”, diz trecho do documento publicado nesta segunda-feira, 9. “O Estado democrático de direito prevalecerá e não mediremos esforços, junto ao Governo Federal, para proteger e zelar por cada um dos brasileiros”, completou.

No último domingo, o ministro das comunicações Juscelino Filho, também criticou os atos em uma série de publicações no Twitter: “Aqueles que insistem em instaurar o caos no Brasil entenderão que a democracia que prevalece neste país é o nosso bem maior e, em hipótese alguma, será fragilizada”, escreveu.

Para a Agência Brasil, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, disse que as ações terroristas não vão paralisar o governo brasileiro e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez questão de despachar do seu gabinete presidencial. Vale dizer que o Palácio do Planalto, local oficial dos despachos presidenciais, foi um dos alvos dos manifestantes bolsonaristas, que destruíram obras de arte e roubaram equipamentos e armas.

O ex-ministro da pasta no governo anterior, Fabio Faria, também demonstrou repúdio ao ato em um retuite do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos). Importante dizer, Faria e Freitas fizeram parte do núcleo duro do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não aceitou o resultado das eleições de 2022 e foi conivente com a massa que estava nas ruas, estradas e portas de quartéis em favor do golpe de estado.

Reguladores

O Fórum de Dirigentes de Agências Reguladoras Federais também repudiou os atos que vandalizaram as sedes dos poderes executivo, legislativo e judiciário no Distrito Federal. A nota, que é assinada por órgãos como Anatel, ANAC, ANTT, Anvisa e Ancine, diz: “A invasão e depredação de prédios públicos são inaceitáveis e configuram total desrespeito à democracia e às instituições brasileiras. É preciso que haja responsabilização e que tais agentes sejam punidos com rigor, de forma que não ocorram mais ações como essas, que afrontam gravemente o Estado Democrático de Direito”, concluiu.