92% dos consumidores em mais de 20 países esperam interagir com empresas por meio de experiências espaciais, indo além dos aplicativos e sites. De acordo com estudo feito com 20 mil consumidores divulgado pela Accenture nesta terça-feira, 9, este é o momento das empresas avançarem para ‘aplicativos espaciais’, ou seja, que unem os mundos físico e digital através de computação espacial, criando uma experiência de realidade aumentada.

Hoje, o principal expoente dessa tecnologia espacial é a Apple com o headset Apple Vision Pro, que começa a ser vendido oficialmente na próxima sexta-feira, 12, nos Estados Unidos. Mas também tem o óculos Ray-Ban Meta que chegou ao mercado no final de 2023 e o HoloLens da Microsoft, que está atualmente em sua segunda versão.

“Os aplicativos criados para esse meio permitirão que as pessoas mergulhem em mundos digitais com uma sensação física de espaço ou sobreponham conteúdo em cima de seu ambiente físico”, revelou a Accenture em seu estudo, mas lembrando que as empresas precisam considerar que não estão sozinhas nesse espaço e precisam seguir três regras na construção de seus apps:

  1. Transmitir grandes volumes de informações complexas;
  2. Dar aos usuários gerência e dimensão sobre sua experiência;
  3. Contraintuitivamente, aumentar os espaços físicos dos consumidores.

“A computação espacial está prestes a dar o seu passo, e a corrida está em andamento para que os líderes saiam na frente. Para se posicionar no topo da próxima era de inovação tecnológica, os líderes empresariais precisarão repensar sua posição sobre o espaço e reconhecer o efeito que os recentes avanços tecnológicos estão prestes a ter”, aponta a Accenture em outro trecho do documento.

Um exemplo de instituição que tem avançado nesse tipo de aplicação é o Centre Pompidou de Paris, que fez uma obra digital com o artista Christian Marclay que permitia aos transeuntes tocarem um instrumento na fachada do centro cultural via Snapchat AR. Outro exemplo foi uma série do New York Times que usava áudio espacial para colocar o ouvinte dentro da Catedral de Notre Dame e mostrar como era o seu som antes do incêndio de 2019.