Itaú

Pagamentos por aproximação com cartões no Itaú tiveram um crescimento mensal médio de 13,6%

O volume de pagamentos por aproximação (NFC) subiu 326% em 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus, informa o estudo “Análise de Comportamento de Consumo”, divulgado pelo Itaú Unibanco nesta terça-feira, 9. Antes do isolamento social, a taxa média mensal de crescimento destes pagamentos era de 2,3%. “Houve um crescimento mensal médio de 13,6% nesta modalidade. Acreditamos que este comportamento deve perdurar no pós-pandemia”, analisou Moisés Nascimento, diretor de estratégia e engenharia de dados do Itaú Unibanco.

O estudo mostra, de forma abrangente, de que forma a pandemia e o distanciamento social alteraram os hábitos dos consumidores no ano passado. A previsão é que o banco produza um relatório a cada trimestre sobre as novas preferências do consumidor brasileiro.

As vendas no varejo online tiveram um crescimento de 19,4% desde o início da pandemia, enquanto o varejo físico não sofreu alterações. Os setores que mais cresceram online foram os de materiais de construção (88,6%), atacadistas (91%) e restaurantes (115,1%). Os que mais caíram foram turismo, postos de combustível, cultura, esportes e entretenimento.

A representatividade das compras digitais aumentou 15,7% em 2020 em relação a 2019. Este aumento é mais considerável no período de restrições mais rígidas para o funcionamento do varejo físico. “Na medida que o isolamento relaxa, o varejo online diminui depois do terceiro trimestre. Tudo indica que o brasileiro foi pro online por necessidade”, disse Nascimento.

Gênero

Mais da metade (50,4%) das compras online foram feitas por mulheres, principalmente nos setores de vestuário, drogaria e atacadista. Os homens tiveram participação levemente menor nas compras em canais digitais, mas seu gasto médio por transação é 23,9% maior que o das mulheres.

Um dos setores que mais despencaram de vendas foi o turismo (-43,8%), seguido do transporte urbano (-38,6%). Com as pessoas mais dentro de casa e trabalhando em home office, o investimento em móveis de escritório cresceu 39%. Itens comprados para a casa, incluindo materiais de construção e reforma; artigos de decoração; e produtos para jardinagem e de floricultura tiveram aumento. Também se destacaram as vendas de artigos relacionados a pets e serviços veterinários, com crescimento de 13,2%. Serviços de streaming, livros, games e instrumentos musicais também tiveram alta (40,4%).