Ilustração: La Mandarina Dibujos/Mobile Time

O mercado de eSIM deve movimentar US$ 5 bilhões em 2023, um aumento de 250% ante 2022. De acordo com estudo divulgado pela Juniper Research nesta terça-feira, 10, o principal motivo para o avanço é o lançamento dos iPhones 14 com essa tecnologia.

A empresa de análise de mercado espera que Google e Samsung lancem handsets Android com eSIM para não perder terreno no mercado de smartphones. Isso também trará pressão às operadoras que resistem em adotar o novo formato por receio de disrupção no modelo de negócios ligado ao SIMCard tradicional.

Vale dizer, o eSIM significa embedded SIM. Diferentemente do SIMCard tradicional que precisa ser inserido em um celular, o eSIM vem como componente de fábrica soldado ao smartphone. Sua ativação é feita por meio de software direto com a operadora.

China

Outra barreira citada pelo estudo é o mercado chinês, uma vez que o governo atualmente não permite venda de smartphones com eSIM (mas permite a produção para o exterior). Com a entrada da Apple e de seus rivais de forma mais firme no eSIM, a Juniper acredita que as indústrias devem trabalhar em parceria com o governo chinês para desenvolver padrões de uso interno do embedded SIM no país.

A partir dessas movimentações, a base de smartphones eSIM chegará a 986 milhões ao fim de 2023, sendo 103 milhões apenas na China.

Longo prazo

No futuro, a companhia de pesquisa acredita que o mercado de eSIM movimentará US$ 16,5 bilhões em 2027. E a base total de smartphones com a tecnologia embarcada será de 3,5 bilhões. Por região, Índia (14%) e China (11%) responderão por um quarto do total de devices, enquanto os Estados Unidos terão 10%; Brasil, 4%; e Paquistão, 3%.