| Publicada originalmente no Teletime | Desde o início da operacionalização do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), em 2023, R$ 368,3 milhões em recursos para projetos do setor foram aprovados, indica o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A soma dos recursos foi divulgada pelo chefe do departamento de TI, telecom e economia criativa do banco, Carlos Azen, durante o segundo dia do Fórum das Operadoras Inovadoras 2024, promovido nesta quarta-feira, 10, por Mobile Time e Teletime. Ao todo, são seis as operações com recursos do Fust já aprovadas pelo banco público.

A mais recente delas envolve uma operadora de telecom de capital aberto que ainda não tem o nome divulgado – mas que deve acessar em breve cerca de R$ 146 milhões em recursos do Fust. Outros cinco projetos – envolvendo ProxximaUnifiqueCoprelSempre Telecom e Aranet – já têm envolvidos e valores divulgados (ver detalhes na imagem abaixo).

Fust; BNDES

Fonte: BNDES

“A agenda do Fust era uma dívida histórica com o setor de telecom, que tinha a crítica justa de que as operadoras contribuíam com o fundo, mas que ele não era usado”, recordou Azen. O fundo setorial foi criado em 2000, ficando mais de duas décadas sem sua aplicação prevista em lei antes do início das operações, no ano passado.

“Levando recursos com um custo de financiamento mais baixo, é possível destravar investimentos”, prosseguiu o funcionário do BNDES. Considerando valores de contribuições das operadoras em 2022 e 2023, o banco de fomento já captou R$ 2,2 bilhões do Fust para viabilização de projetos.

As seis operações já aprovadas pelo BNDES são todas de recursos reembolsáveis pelos tomadores. Os projetos passam por redes de fibra (incluindo em áreas rurais), por redes móveis 4G e 5G e também pela conexão de escolas, conforme diretrizes apontadas por ministérios e pelo Conselho Gestor do Fust. Dos valores já liberados, cerca de R$ 60 milhões são diretamente direcionados aos investimentos em educação.

Recursos não reembolsáveis

Há tendência que o montante aplicado na educação conectada cresça, uma vez que a liberação de recursos de forma não reembolsável também está próxima de começar a ocorrer. Na última semana, um edital para conexão de escolas na modalidade foi aprovado pelo conselho que gere o Fust, prevendo R$ 75 milhões em recursos não reembolsáveis para conectividade educacional.

Foto: Chefe do departamento de TI, telecom e economia criativa do banco, Carlos Azen. Crédito: Elaine Ballog/Mobile Time