Após uma série histórica de quedas na base total de acessos móveis, iniciada em junho passado e que culminou com o recorde de 11,8 milhões de desligamentos em dezembro, o mercado brasileiro ficou praticamente estagnado em janeiro, com 257,248 milhões de linhas móveis em serviço. Isso representa 546,6 mil linhas a menos (queda de 0,21%) em relação ao fim de dezembro, segundo balanço divulgado pela Anatel nesta sexta-feira, 11. No comparativo anual, com o mesmo mês de 2015, a queda foi de 8,68% (24,452 milhões de linhas desconectadas).

As adições em 4G (2,614 milhões) em janeiro se aproximaram à soma de desconexões no GSM e no WCDMA (3,102 milhões juntas). Isso pode indicar que há uma migração de base além do fim do efeito comunidade. Ou seja: os usuários estão deixando de ter vários chips, mas estão passando a ter acessos LTE, o que significa uma maior receita média por usuário (ARPU) para as operadoras.

Outro fator que melhora o ARPU para as teles é o avanço da base pós-paga. Apesar de ter aumentado 0,27% (198,6 mil adições) em janeiro, o lento crescimento já acumula 7,54% (5,152 milhões) em 12 meses. Ainda assim, a base brasileira é, de longe, predominantemente pré-paga: 71,45%, contra 28,55% do pós-pago.

Aumento no M2M

Fora a base 4G, a única tecnologia que mostrou crescimento em janeiro foi a de máquina-a-máquina (M2M), embora relativamente pouco perante a base total brasileira. A do M2M especial (sem interferência humana) aumentou 2% no mês e chegou a 4,003 milhões de acessos. No ano, o aumento é de quase três vezes: 190,24%. O M2M padrão, que ainda registra queda no comparativo anual (-15,01%), voltou a crescer, embora com apenas 1.973 acessos (0,03%), totalizando 7,396 milhões de linhas.