O canal mobile representou 75% do total das 208 bilhões transações bancárias (financeiras e não financeiras) em 2024, ou seja, 155 bilhões. De acordo com pesquisa apresentada pela Febraban e pela Deloitte nesta quarta-feira, 11, as transações em mobile cresceram 15%, 20 bilhões mais que em 2023.

Segundo Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela pesquisa, que teve a participação de 17 bancos que representam 80% do mercado, o mobile foi o canal com maior crescimento em transações financeiras e não financeiras, algo que está diretamente ligado ao investimento dos bancos em interface móvel.

Cada usuário fez em média 55 transações no canal mobile em 2024, um incremento de 15% contra 48 operações em 2023. Por tipo de conta, 92% das transações de pessoa física em 2024 foram no mobile, um aumento de dois pontos percentuais contra 90% de um ano antes.

Em 2024, 78% dos clientes do mobile banking realizaram mais de 80% de suas transações neste canal, um aumento de dois pontos percentuais contra 76% de um ano antes. Os clientes assíduos (heavy users) que fazem mais de 80 operações por mês aumentaram 15%, de 85 milhões para 98 milhões.

No geral, a Febraban contabilizou 126,5 milhões de usuários móveis de bancos no Brasil, um incremento de 13% contra 112,4 milhões em 2023.

PF x PJ

As transações com movimentações financeiras no mobile por pessoas físicas aumentaram 28%, de 22 bilhões para 28 bilhões. E as transações não financeiras feitas por pessoas físicas cresceram 23%, de 92 bilhões para 113 bilhões. Em PJ, as movimentações sem transações financeiras cresceram 11%, de 9 bilhões para 10 bilhões. E com movimentação financeira no PJ caíram 1%, de 2,8 bilhões para 2,7 bilhões.

Importante dizer, os clientes PJ usam mais o Internet Banking para fazer as transações, 79% do total de 24 bilhões. Mas Mulinari afirmou que há um começo de migração do Internet Banking para o mobile, em um movimento similar àquele do passado quando os usuários começaram a usar o mobile mais para transações não financeiras.

Futuro do mobile nos bancos

“Há uns dez anos se fala sobre qual que vai ser o próximo canal que vai substituir o mobile. Mas o mobile tem 15 anos e vem crescendo consistentemente há 15 anos”, respondeu o executivo ao Mobile Time sobre a possibilidade de o canal atingir o seu limite. “Acreditamos que o mobile ainda vai liderar ainda por mais tempo. Porque não vemos no horizonte nenhum outro canal que se popularize como o mobile”, completou.

Para Sergio Biagini, sócio-líder da Deloitte para a indústria de serviços financeiros, o movimento do mobile deve continuar. Com a entrada da inteligência artificial generativa, o executivo acredita que a forma como as aplicações são consumidas vai mudar com melhores experiências e entrega de serviço na jornada do cliente.

Imagem principal, da esquerda para direita: Rodrigo Mulinari, Febraban; Sergio Biagini, Febraban; Carolina Sansão, Febraban (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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