O Pix é o serviço financeiro mais usado no mobile, com 24 bilhões de transações em 2024, alta de 41% contra 17 bilhões de 2023. Segundo pesquisa apresentada pela Febraban e pela Deloitte nesta quarta-feira, 11, os pagamentos de contas também merecem destaque, com 3,8 bilhões de operações no canal, um incremento de 32% contra 2,9 bilhões de um ano antes.

A pesquisa observou um aumento dos clientes que usam assiduamente (heavy users) o arranjo de pagamento instantâneo: 65 milhões de clientes de bancos fazem mais de 30 transações Pix por mês.

Também é importante notar que as transações Pix cresceram 70% em maquininhas de pagamento, de 775 milhões para 1,3 bilhão. Apesar desse movimento, Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela pesquisa, reforçou que o pagamento com cartão de crédito cresceu 15%, de 8 bilhões para 9,5 bilhões. Ou seja, o Pix não está canibalizando o crédito.

Por outro lado, o cartão de débito teve queda de 3% nas transações, de 16 bilhões para 15,5 bilhões.

Com este movimento, Carolina Sansão, diretora-adjunta de inovação, tecnologia bancária e segurança cibernética da Febraban, afirmou que vê a ampliação do Pix em outros canais, como o boleto, e reconhece que está em estudo a possibilidade de colocar o Pix na trilha do cartão.

Além do Pix, Open finance

As chamadas para APIs de open finance dos bancos mais que dobraram (116%) na comparação ano a ano, de 52 bilhões em 2023 para 112 bilhões em 2024. De acordo com Mulinari, a maioria (99%) das APIs chamadas são da fase 2, que engloba dados cadastrais e transacionais, sendo que APIs de contas, recursos e cartão de crédito são as mais utilizadas.

As APIs de fase 3 (iniciação de pagamentos) e fase 4 (dados abertos) também têm conexões solicitadas, mas em menor quantidade.

Em consentimentos par ao open finance, a pesquisa contabilizou um aumento de 28% nas pessoas físicas, de 37 milhões para 47 milhões. Na pessoa jurídica o crescimento foi de quase 40%, de 20 milhões para 27 milhões de contas.

Mulinari reforçou que este movimento acontece pela maturidade do sistema financeiro aberto e que isso começa a possibilitar novos serviços e modelos de negócios. Um exemplo são os agregadores financeiros, uma vez que 50% dos bancos já oferecem essa funcionalidade e 2,7 milhões de brasileiros utilizam este serviço, uma alta de 70% contra 1,6 milhão de correntistas de 2023.

Imagem principal, da esquerda para direita: Rodrigo Mulinari, Febraban; Sergio Biagini, Febraban; Carolina Sansão, Febraban (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

*********************************

Receba gratuitamente a newsletter do Mobile Time e fique bem informado sobre tecnologia móvel e negócios. Cadastre-se aqui!

E siga o canal do Mobile Time no WhatsApp!