A Nextel Brasil registrou prejuízo operacional de US$ 28,8 milhões no segundo trimestre, de acordo com o balanço financeiro divulgado pela controladora norte-americana Nii Holdings nesta quinta-feira, 11. Foi um total menor do que o do mesmo período do ano passado, quando a empresa registrou US$ 198,1 milhões em prejuízo operacional. No acumulado do semestre, a empresa totalizou US$ 82,8 milhões em junho, contra US$ 303,9 milhões nos primeiros seis meses de 2015. Por outro lado, obteve um prejuízo líquido de US$ 9,9 milhões, contra um lucro líquido de US$ 2,050 bilhões no ano anterior. No acumulado do semestre, o prejuízo foi de US$ 46,5 milhões, contra US$ 1,740 bilhão em 2015.

A receita de serviços caiu 19,82% no trimestre, totalizando US$ 243,1 milhões. No semestre, a queda foi de 27,99%, total de US$ 463,7 milhões. As receitas com handsets foram de US$ 6,1 milhões e US$ 12 milhões no trimestre e semestre, quedas de 64,33% e 69,85%, respectivamente. No total, as receitas operacionais da Nextel no trimestre foram de US$ 249,2 milhões, queda de 22,2%. No semestre, totalizaram US$ 475,7 milhões, recuo de 30,42%.

O Capex da empresa no trimestre foi de US$ 3,575 milhões, contra US$ 58 milhões no mesmo período em 2015. Houve redução também no semestre: de 45,41%, totalizando US$ 13,748 milhões. A companhia afirma que a redução foi em marketing e em desenvolvimento e implantação de rede, esperando continuar com esse esforço de contenção de custos para melhorar o recurso de caixa. Vale lembrar que a Nextel firmou parceria de RAN Sharing com a Vivo e espera poder reduzir custos de rede com o acordo.

Em comunicado, o CEO da Nii, Steve Shindler, ressaltou o foco da empresa no Brasil em gerenciar a estrutura de custos em alinhamento com o fluxo de receitas, resultando em uma melhora no lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA), que foi de US$ 14,4 milhões no período, contra prejuízo operacional de US$ 94,9 milhões em 2015. Considerando apenas a Nextel Brasil, o OIBDA foi de US$ 24,2 milhões, contra prejuízo de US$ 78,8 milhões no ano passado. No semestre, foi de US$ 27,9 milhões, contra US$ 75,2 milhões de prejuízo em 2015.

"Vamos continuar a focar na nossa liquidez, que aumentou em US$ 62 milhões durante o trimestre primariamente por conta do resgate de US$ 57 milhões em dinheiro que estava em títulos de desempenho assegurados no Brasil", disse no comunicado o CFO da Nii, Dan Freiman. "Também pudemos manter nossa queima de caixa mais baixa ao continuarmos a nos beneficiar de reduções de custos em nossos negócios e enquanto mantemos nossas receitas estáveis", completou.

Operacional

A base total da Nextel diminuiu 13,02% em 12 meses e em junho era de 3,844 milhões de acessos, sendo 1,127 milhão na tecnologia iDEN (redução de 47,94%) e 2,717 milhões em 3G/4G (crescimento de 20,54%). Segundo a empresa, houve redução de 36,59% na quantidade de migrações da iDEN para o WCDMA/LTE, totalizando 37,6 mil trocas no trimestre.

O churn total da empresa era de 3,9%, aumento de 0.65 ponto percentual (p.p.). O churn foi maior na iDEN, com 4,46% (aumento de 0,92 p.p.), enquanto na base 3G/4G foi de 3,78% (aumento de 0,65 p.p.). A receita média por usuário (ARPU) caiu R$ 1 e encerrou o trimestre em R$ 19.