No Brasil, pouca gente ouviu falar do app chinês de comércio móvel Temu (Android, iOS), pois ele ainda não opera no País, embora já acumule mais de 400 mil downloads aqui. Porém, nos países onde atua, o Temu está fazendo bastante barulho. Em agosto, foi o sexto aplicativo mais baixado do mundo, com 38,7 milhões de downloads somando App Store e Google Play, de acordo com dados da AppMagic. Fica atrás somente de cinco plataformas sociais e de mensageria gigantes: TiKTok, Instagram, Facebook, WhatsApp e Telegram. Lançado em agosto do ano passado, acumula desde então 206 milhões de downloads, dos quais 46% aconteceram nos EUA. O México é seu segundo maior mercado, respondendo por 10% dos downloads, seguido por França (5%) e Alemanha (5%).

Mas o que é o Temu afinal? Trata-se de um marketplace digital com produtos de diversas categorias (moda, eletroeletrônicos, perfumes, brinquedos etc), descontos agressivos e venda diretamente de fábricas na China para consumidores no exterior. O Temu pertence à chinesa Pinduoduo (ou PDD), grupo sediado em Xangai e que está listado na Nasdaq.

O app pode ser baixado no Brasil, mas está todo em inglês e em seu cadastro são aceitos endereços de entrega de apenas dez países por enquanto: Austrália, Canadá, Chile, Coreia do Sul, EUA, Filipinas, Japão, Malásia, México e Nova Zelândia.

O slogan do Temu é “compre como um bilionário” (ou “shop like a billionaire”, no original em inglês). Logo no primeiro login o usuário é impactado com uma roleta para sorteio de um voucher de até US$ 200 caso realize suas duas primeiras compras dentro de poucas horas, independentemente do valor.

De acordo com a imprensa internacional, o Temu representa uma ameaça principalmente à Shein, mas também a qualquer marketplace digital, inclusive a Amazon.