Uma rede social para a realização de desejos. Essa pode ser a definição do Impossible, app para iPhone que já atraiu a participação de mais de 35 mil pessoas. "Pode-se desejar literalmente tudo. Só não pode ter dinheiro envolvido", explica Pedro Cardoso, sênior designer da Kwamecorp, consultoria mobile portuguesa que é uma das responsáveis pelo projeto. A moeda de troca é o agradecimento, explica o vídeo que abre o app. O projeto envolve os mesmos criadores do Fairphone, primeiro smartphone de origem controlada do mundo.

O Impossible funciona como um grande mural onde as pessoas expõem seus desejos e, eventualmente, ajudam a realizar aqueles de desconhecidos, sejam pessoas que vivem por perto ou em outro continente (caso o desejo possa ser realizado à distância). Basta se cadastrar, via Facebook ou preenchendo um formulário do Impossible, para se tornar apto a escrever novos desejos. Há realmente de tudo um pouco, desde gente pedindo uma carona para o aeroporto até aulas de inglês ou um cantinho para passar uns dias em Roma. Entre os desejos mais recentes, há um sujeito pedindo para ser hipnotizado para parar de fumar e outro pedindo dicas sobre como atuar no ramo de relações públicas. Cada desejo realizado é substituído no mural por um desenho que simboliza um agradecimento.

Os desejos podem ser listados de acordo com a data de publicação ou com a proximidade geográfica. É possível "curtir" um desejo, compartilhá-lo com amigos nas redes sociais tradicionais (Facebook e Twitter) ou propor-se a realizá-lo. Neste caso, basta trocar mensagens privadas diretamente com a pessoa que fez o pedido, por dentro da plataforma do Impossible, e combinar como proceder.

Além de desejos, os participantes podem simplesmente oferecer seus préstimos naquilo que fazem de melhor. Há gente oferecendo aulas de violão e de inglês e até se disponibilizando para ciceronear turistas em várias partes do mundo. Tudo de graça, claro.

O download do app para iPhone é gratuito e não tem qualquer publicidade. A versão para Android será lançada no meio do ano, informa Cardoso. Quem não tem smartphone pode participar através do site do projeto.