A TIM trouxe para o mundo do conteúdo móvel a sua estratégia de cobrança por uso e acesso ilimitado. Na segunda-feira, 15, será lançado o TIMmusic, serviço de música ilimitado que custará R$ 0,50 por dia para o pré-pago e R$ 9,90 por mês para os clientes pós-pagos. A cobrança só acontece em caso de uso do serviço, tal como a TIM já faz com tráfego de dados e SMS. Nesses preços já está incluído o custo com transmissão de dados. "Essa é uma inovação mundial. Nenhuma outra operadora no mundo oferece música em um formato tão conveniente", afirma Roger Solé, CMO da TIM. Promocionalmente, os primeiros sete dias de uso serão gratuitos. A novidade havia sido antecipada por MOBILE TIME há duas semanas, depois do soft launch do serviço no Google Play.

Para acessar o catálogo composto por mais de 5 milhões de músicas, o usuário precisa antes instalar um aplicativo Android do TIMmusic, disponível inicialmente para oito modelos de smartphones: Galaxy SIII Mini, Galaxy SII Lite, Galaxy Pocket, Galaxy SIII, Galaxy Y, Galaxy Ace, Galaxy Y Duos e Motorola Razr i. A TIM espera ter o app adaptado para todos os outros modelos de aparelhos Android de seu portfólio até o final do ano, assim como disponibilizar versões para tablets e para iOS. Uma vez aberto, o app verifica automaticamente se o usuário é cliente da TIM, pelo SIMcard. O serviço não é acessível para assinantes de outras operadoras.

A TIM está usando a plataforma de música da Muve, empresa norte-americana que presta o mesmo serviço para a Cricket Mobile, operadora móvel virtual nos EUA. O serviço não é de streaming, mas de download ilimitado. Os arquivos de música são baixados e ficam armazenados no celular. As músicas só podem ser escutadas pelo player interno do app. Na primeira utilização do dia, é necessário que o cliente esteja em um ambiente com cobertura da TIM, para que o sistema o autentique e possa cobrar pelo uso.  Depois dessa primeira vez do dia, o cliente pode escutar as músicas baixadas mesmo se estiver offline. Vale lembrar que o consumidor adquire o direto de uso das músicas por um período de tempo (um dia, no caso do pré-pago, ou um mês, no caso do pós-pago), não as músicas em si. "O Muve foi pensado para uma operadora móvel. É diferente de Spotify e Deezer, que foram criados para web e são baseados em streaming, fazendo uso constante da rede", explica Solé.

A decisão de lançar o TIMmusic foi corroborada por uma pesquisa realizada pela TIM que constatou que 56% dos usuários brasileiros de telefonia móvel escutam música no celular pelo menos uma vez por semana. Isso inclui tanto música baixada legalmente pelo celular quanto músicas importadas de CDs ou simplesmente pirateadas da web.