A Walt Disney Company confirmou o lançamento de seu streaming de vídeo, o Disney+, para o dia 12 de novembro nos Estados Unidos. O serviço poderá ser usado em Smart TVs, consoles de videogame, PCs e dispositivos móveis com assinatura mensal de US$ 6,99 (anual de US$ 69,99) e acesso aos conteúdos da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic. Para a América Latina, o serviço só deve chegar em 2021.

Apresentado durante encontro com investidores na última quinta-feira, 11, o Disney+ terá 25 séries originais (ou seja, produzidas com exclusividade para o serviço) e 10 filmes, documentários e especiais originais, além de um vasto acervo da Disney que inclui séries e filmes de franquias famosas como Os Simpsons e High School Musical. Em 2024, a promessa é de 50 séries originais.

A promessa é de um streaming com suporte para vídeos em 4K HDR e criação de perfis customizados com base no gosto do consumidor. Além disso, não haverá publicidade entre os vídeos no canal e todo conteúdo estará disponível para download no dispositivo dos assinantes.

No caso do Hulu, outro serviço de streaming da Disney operando nos Estados Unidos, a publicidade entre os vídeos continuará em alguns modelos de assinatura. Dessa forma, a empresa mantém assinaturas mais baratas e continua no fértil mercado publicitário digital, cuja estimativa da Disney é que chegue a US$ 50 bilhões em 2022.

Finanças e expansão

Sobre expansão global do Disney+, a companhia pretende fazê-la nos próximos dois anos. Após os EUA, o serviço chegará na Europa Ocidental entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020, e na região Ásia Pacífico, entre 2020 e 2021. Na América Latina, a expectativa é para o primeiro trimestre de 2021 e no Leste da Europa chegará ao longo de 2021.

 

Além do lançamento, a CFO da Disney, Christine McCarthy, informou aos investidores que espera atingir entre 60 e 90 milhões de assinantes do Disney+ nos próximos cinco anos, sendo um terço dos EUA e dois terços do resto do mundo. O investimento apenas com conteúdo original na plataforma para o ano fiscal de 2020 será de US$ 1 bilhão, subindo para US$ 2 bilhões em 2024.

Os gastos operacionais também devem ficar em US$ 1 bilhão para 2020. McCarthy afirmou que esses resultados podem gerar uma perda operacional entre 2020 e 2022, mas que serão amortizados com o crescimento em assinantes do streaming. O lucro com os serviços de streaming chegará em 2024, prevê a executiva.

Outros serviços

Para o Hulu, a estimativa é que chegue a US$ 1,5 bilhão de perda operacional em 2019, com pequeno prejuízo em 2020 e lucratividade entre 2023 e 2024, além de 40 a 60 milhões de assinantes em 2024. Já o ESPN+, também da empresa do Mickey Mouse, terá lucro a partir de 2023 e entre 8 e 12 milhões de assinantes em cinco anos. Atualmente, o Hulu fechou o ano de 2018 com 23 milhões de assinantes e o ESPN+, com 2 milhões. Os dois serviços devem ganhar espaço em outros países em breve: o ESPN+ ganhará expansão para a América Latina, enquanto o Hulu atingirá o resto mundo.