A Broadcom adquiriu a CA Technologies por US$ 18,9 bilhões nesta quinta-feira, 12. Na transação, a companhia de semicondutores pagou US$ 44,5 por ação, algo próximo a 20% acima do valor negociado por cada papel comum da companhia de serviços de tecnologia um dia antes. Do investimento, US$ 18 bilhões foram em dinheiro obtido em uma nova linha de financiamento.

Na concepção da Broadcom, a compra tem como objetivo transformá-la em uma das principais fornecedoras de infraestrutura de tecnologia para empresas em todo mundo. Atualmente, a CA atua em mais de 40 países. Em seu know-how tecnológico, possui 1,5 mil patentes ao redor do mundo e 900 em espera para aprovação. Seu negócio é dividido em duas categorias: soluções de mainframe, que teve uma receita de US$ 2,2 bilhões no primeiro trimestre de 2018, e soluções para empresas, com US$ 1,7 bilhão de faturamento no mesmo período.

Somando o resultado das duas companhias no primeiro trimestre deste ano, a Broadcom espera US$ 23,9 bilhões de renda e o EBITDA de US$ 11,6 bilhões, ambos Pro Forma. Para o futuro, a Broadcom espera que a transação aumente a margem EBITDA da empresa acima de 55% e incremente a taxa de crescimento em 3% nos próximos três anos, um percentual que
deve garantir crescimento anual de dois dígitos.

A expectativa é que o término da transação aconteça no quarto trimestre de 2018, após aprovação de órgãos antitruste dos Estados Unidos, Europa e Japão, além dos acionistas da CA. Dona de 25% das ações da empresa de serviços, a Careal Property Group já deu seu aval à transação.

Vale lembrar, a Broadcom teve problemas recentes com o governo norte-americano que barrou sua tentativa de aquisição da Qualcomm. Na época, a operação foi travada por um conselho formado pelo próprio presidente Donald Trump, além de membros da Casa da Branca e de outras secretarias. Eles apontaram “riscos à segurança nacional” na ocasião.