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Ilustração: La Mandarina Dibujos

O salário anual de Tim Cook, CEO da Apple, diminuirá em 40%, em 2023, totalizando US$ 49 milhões. O pedido foi feito por ele mesmo, após acionistas da companhia votarem por mudanças no seu pacote de pagamentos, em 2022. O corte foi anunciado pelo Comitê de Remuneração da Apple, em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, órgão fiscalizador financeiro americano, na última quinta-feira, 12.

O seu salário anual básico de US$ 3 milhões e os bônus de até US$ 6 milhões não sofreram alterações. A diferença estará na forma como Cook recebe dinheiro de ações da companhia. Em 2023, ele terá garantido até US$ 49 milhões de ações, sendo que 75% desse valor dependerá do desempenho da Apple na bolsa de valores. 

Em 2022, ele tinha garantido pelo menos US$ 75 milhões de ações, sendo que 50% desse montante dependia da performance da big tech, conforme reportou a BBC. No ano passado, sua previsão de remuneração era de US$ 84 milhões, mas acabou recebendo US$ 99,4 milhões, incluindo US$ 630,6 mil para gastos com segurança pessoal e US$ 712,5 mil para uso de aviões particulares. Em 2022, Cook ganhou US$ 83 milhões de ações, US$ 12 milhões em bônus e US$ 3 milhões de salário, segundo a CNBC.

Em uma carta enviada em 2022 a acionistas da Apple, a Institutional Shareholder Services (ISS), um grupo consultivo de investidores, orientava para que votassem contra o pacote de pagamentos de Cook. De acordo com o documento, o salário anual de Cook era cerca de 1,4 mil vezes maior do que a média de um funcionário da Apple. Em 2022, 64% dos acionistas aprovaram a remuneração de Cook, na votação. No ano fiscal de 2020, esse número havia sido 95%.

“O Comitê de Remuneração considerou o feedback dos acionistas, o desempenho excepcional da Apple e uma recomendação do sr. Cook para ajustar sua remuneração à luz do feedback recebido”, disse a Apple no documento enviado ao órgão fiscalizador financeiro dos EUA.