O mercado de publicidade móvel vai gerar este ano uma receita mundial de US$ 11,4 bilhões, dividida entre desenvolvedores, adnetworks, provedores de plataformas, agências digitais e teles, prevê o Gartner em um novo relatório sobre o tema. Esse valor representa um crescimento de 16,8% em comparação com o faturamento registrado no ano passado, de US$ 9,76 bilhões. O Gartner projeta que em 2016 esse mercado alcançará uma receita anual de US$ 24,5 bilhões.

A região que mais contribui para esse desempenho é a da Ásia/Pacífico, principalmente com a ajuda do Japão e da Coreia do Sul. Nessa área estará concentrada quase metade da receita com mobile advertising este ano: US$ 4,33 bilhões. A América do Norte será responsável por US$ 3,18 bilhões e a Europa Ocidental, por US$ 1,6 bilhão. A América Latina foi incluída na categoria "resto do mundo", que responderá por uma receita de US$ 644 milhões este ano. A diferença entre as regiões está diretamente relacionada à proporção de smartphones e à adoção de novas tecnologias móveis.

Análise

Em seu relatório, o Gartner identifica os jornais impressos locais como os maiores prejudicados pelo crescimento da publicidade móvel. Entre os formatos de anúncios, a expectativa é de que a publicidade em display móvel se tornará em breve mais importante em termos financeiros que a busca móvel. No caso do display, atualmente a venda de banners dentro de aplicativos supera aquela em sites móveis, mas a tendência é que isso se inverta até 2015.

Outra análise do Gartner é de que a oferta de espaço publicitário em dispositivos móveis cresce a uma velocidade muito maior do que os anunciantes são capazes de acompanhar. Por isso há um barateamento dessa mídia, o que tem gerado um fenômeno de uso interno dela: boa parte do inventário é aproveitado pelos próprios desenvolvedores, para divulgar seus apps e gerar downloads. O Gartner compara esse cenário àquele do começo da publicidade na Internet, quando havia muita troca de banners entre sites.