| Publicada no Teletime | Controladora da brasileira Vivo, a espanhola Telefónica reportou uma alta de 118% no lucro líquido durante o primeiro trimestre, totalizando 886 milhões de euros. Segundo a companhia, a menor intensidade de efeitos da Covid-19 e a evolução das taxas de câmbio em mercados onde atua contribuíram para o resultado.

A performance foi registrada mesmo com uma queda de 9% na receita líquida, para 10,34 bilhões de euros, compensada por uma baixa de 9,3% nos custos (7,23 bilhões de euros). O Ebitda caiu 9,1% (3,42 bilhões), mas cresceu 0,3% organicamente, ficando dentro do guidance da empresa.

A Telefónica também comemorou uma redução de 6,4% no endividamento em um ano (para 35,8 bilhões), prevendo mais 9 bilhões de euros de efeito positivo sobre o indicador nos próximos meses.

A maior parte será causada pela transação de venda de torres da Telxius à American Tower, já aprovada na Europa e em fase de liberação final na América do Sul. Ganhos de capital de 6 bilhões de euros também estão previstos, também com ajuda de joint-venture com a Virgin Media no Reino Unido.

Leilão 5G

Em conferência sobre os resultados, a diretora financeira da empresa, Laura Abasolo, evitou fazer previsões sobre o fluxo de caixa do grupo no ano por conta de leilões 5G no Brasil e na Espanha. No entanto, a executiva afirmou que preços considerados razoáveis no Reino Unido diminuíram incertezas sobre o indicador.

Já o diretor de operações da empresa, Àngel Vilá, citou o crescimento da rede de FTTH da operação no Brasil, a redução do churn móvel e o lançamento da FiBrasil ao lado do fundo canadense CDPQ. O executivo destacou o caráter “incremental” da iniciativa à infraestrutura existente, ao lado do lançamento de fibra por conta própria e do modelo de franquias.

O Brasil contribuiu com 1,65 bilhão de euros em receitas para a matriz. Apesar da alta de 0,2% no faturamento da Vivo, com a conversão cambial houve baixa de 25,7% na contribuição à Telefónica. A operação na Espanha gerou 3,05 bilhões de euros (queda de 0,9%) e na Alemanha, de 1,85 bilhão (alta de 0,2%).