Uma nova plataforma promete auxiliar gestores de qualidade e equipes de testes no desenvolvimento de produtos digitais. Desenvolvido pela keeggo, o knooly oferece uma visão integrada de projetos, homologando o fluxo fim a fim. Agregando informações sobre o negócio e o sistema, ele possui uma visão do produto em 360º.

Segundo Rogério Athayde, head de produtos da keeggo, a ideia de criar a plataforma surgiu de uma necessidade do mercado, há cerca de cinco anos. A transição de diversas companhias para a utilização das metodologias ágeis (fluxos de trabalho adaptativos e simultâneos; divide o projeto em períodos menores e iterativos) em detrimento da waterfall (ou cascata; voltada para projetos que precisam ser concluídos de forma linear e não permite voltar a fases anteriores), criou um problema, já que cada uma possui abordagens distintas em relação a como conduzir projetos. O knooly busca atender as duas demandas.

Rogerio Athayde

Rogério Athayde, head de produtos da keeggo. Foto: divulgação

“Com as metodologias ágeis, a gente tem entregas contínuas. Como é que eu ia fazer, naquele momento, a validação da qualidade de forma contínua?”, questiona Athayde. “A gente falou: precisamos de uma solução que consiga entregar todo o fluxo end-to-end da qualidade de um produto.”

A plataforma, de acordo com o head de produtos, possui visão 360º, porque engloba o início, desde a concepção, passando pelas validações da qualidade, do desenvolvimento, até a área de negócios, na qual existem métricas, como por exemplo taxas de conversão.

Base de conhecimento

Uma das principais características do knooly é construir uma base de conhecimento, que mapeia todo o fluxo de negócio do cliente, além do sistema. Isso garante que as informações continuem nas organizações, mesmo em um momento de alto turnover (indicador que mensura a quantidade de funcionários que deixam uma empresa durante um determinado período). o que poderia impedir a consolidação do conhecimento gerado.

A plataforma faz também todo o mapeamento relacionado ao produto de mercado e subproduto.

Todos os cenários de fluxo que devem ser testados na aplicação também são colocados em prática, de forma a prever diferentes situações de interação do usuário, o que Athayde chama de mapeamento de cobertura. Tudo isso é adicionado também à base de conhecimento. 

“Eu preciso acompanhar esse projeto tanto na parte de execução, do que está sendo desenvolvido e entregue, assim como o end-to-end, ou seja, todo o caminho que ele tem que passar para que aquela funcionalidade esteja ‘ok’”, afirma. “Com isso, eu vou testando e reportando já em tempo real, dentro da ferramenta, se aquilo passou ou não.”

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Tela inicial do knooly. Imagem: reprodução

É possível ter uma visão global da execução do produto, em termos da cobertura do que foi planejado em uma determinada semana ou mesmo no ano. O sistema quantifica quantos testes passaram, qual é o percentual de testes refeitos, o número de falhas, bugs gerados, e assim por diante. Isso permite dar uma visão global para o time de qualidade do produto de quais problemas devem ser corrigidos antes de disponibilizá-lo ao público.

Integração

O knooly possui integração com plataformas de bug tracking, gestão de projetos, code review, AppSec e automação de testes como SonarQube, Fortify, Azure DevOps, Service Now e Jira. Além disso, gera relatórios de progresso e insights em tempo real, fazendo diagnósticos sobre a usabilidade, segurança e qualidade do projeto.

“A plataforma pode ser usada por qualquer tipo de aplicação ou sistema, web, mobile, API. A gente não é limitado a um determinado ramo de negócio ou segmento”, esclarece o executivo. E-commerces, empresas do varejo, seguradoras, bancos e instituições do ramo educacional podem usufruir das funcionalidades da plataforma.

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Plataforma reúne diversos indicadores do projeto. Imagem: reprodução.

Athayde dá um exemplo de uso no campo da educação. “Tem cliente que utiliza a solução para fazer todo o processo de fluxo de validação de jornada do aluno. Quando começa em uma faculdade, primeiro entra no portal, onde vai precisar fazer a matrícula, ligado a um sistema ERP, que vai fazer todo o cadastro e faturamento. Depois, ele vai ao portal acadêmico, onde vai ter acesso aos conteúdos”, explica. “Esse fluxo todo a gente consegue mapear, independentemente de eu ter um sistema ou ’n’ sistemas em toda a cadeia. Eu garanto, desde o início, que o usuário começou a utilizar o sistema, até o fim, a qualidade de toda essa jornada.”