Em apenas 10 dias de funcionamento, o aplicativo Pardal (Android, iOS), da Justiça Eleitoral, recebeu mais de 1,5 mil denúncias de irregularidades praticadas por candidatos a prefeito e vereador do Pará. A ocorrência mais comum é a de propaganda eleitoral em formato ou local proibidos, seguida por crimes eleitorais e por "outros".

O estado nortista foi o primeiro a encaminhar um balanço para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a utilização do aplicativo nestas eleições. Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de todos os estados adotaram esse canal de envio de denúncias este ano, mas um primeiro balanço nacional só deverá ser calculado na semana que vem, por conta de alguns ajustes técnicos que ainda estão sendo feitos, explica o secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino.

Os números parciais enviados pelo Pará indicam que o aplicativo será um canal importante na comunicação entre cidadãos e a Justiça Eleitoral este ano. O Pardal foi criado originalmente pelo TRE do Espírito Santo, quatro anos atrás. Nas eleições de 2014 foram registradas cerca de 3 mil ocorrências enviadas por eleitores capixabas. De lá para cá, com a popularização dos smartphones e dos planos de dados, junto com a expansão do app para os demais estados, o canal ganhará ainda mais relevância.

Através do app, qualquer pessoa pode encaminhar uma denúncia de irregularidade eleitoral, como propaganda em formato ou local proibido, compra de votos, uso da máquina pública etc. Cada denúncia pode ser acompanhada de um arquivo, como foto, vídeo ou áudio, além de texto. O material é encaminhado automaticamenteo para o Ministério Público Eleitoral do respectivo estado, assim como para um juiz eleitoral do mesmo. O app exige que o cidadão se identifique, para evitar seu uso indevido com denúncias falsas. Cabe resaltar que a autoria da denúncia não é revelada para o denunciado.