câmeras portáteis; Rio de Janeiro; governo

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, com uma câmera portátil em mãos. Foto: divulgação

Os policiais militares do 19º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro já estão sendo treinados para utilizarem as câmeras portáteis em seus uniformes. O programa foi lançado nesta segunda-feira, 13, pelo governador Cláudio Castro no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

Sem informar mais detalhes, Castro disse que as câmeras serão instaladas aos poucos, mas até o final do ano algumas estarão à disposição das forças de segurança. No entanto, o cronograma de distribuição completa dos dispositivos ainda é incerto.

“Vamos começar utilizando as câmeras em situações menos conflituosas até que as polícias tenham a curva de aprendizagem necessária para que se implante essa tecnologia também em operações de mais risco. Já no fim do ano teremos as câmeras à disposição. Posteriormente, os equipamentos serão distribuídos em um cronograma a ser definido”, explicou durante o lançamento do programa.

Para ter acesso ao equipamento, o agente deverá ir a uma central de recarga e armazenamento de imagens, onde é feito o seu reconhecimento facial. Um compartimento se abre e a câmera portátil é retirada e colocada no uniforme do agente. A gravação se inicia automaticamente quando o equipamento é liberado. A câmera é capaz de filmar 12 horas seguidas. As imagens geradas são passadas para uma nuvem e podem ficar armazenadas por até um ano. As câmeras não permitem edição e nem manipulação de imagens.

A empresa vencedora do pregão eletrônico realizado em setembro foi a paranaense L8 Group, que adquiriu câmeras chinesas da Hikvision e as integrou com o software da norte-americana Vision Logix, próprio para segurança pública. “Com isso, a gente criou um ecossistema seguro que consegue através do policial utilizando essa body camera acompanhar tanto uma operação policial ao vivo quanto fazer armazenamento dessas imagens para consulta posterior, de forma que elas tenham validade jurídica porque são assinadas e possuem uma marca d’água”, explicou Leandro Kuhn, CEO da companhia.

O executivo também disse que a marca d’água no vídeo é o nome do policial que está usando – sabe-se quem está utilizando a câmera por conta do reconhecimento facial feito no momento da retirada do aparelho. “E, depois, se algum supervisor for assistir ao vídeo também fica registrado o seu nome, de forma que a gente saiba quem foi o responsável por seu vazamento”, explica Kuhn. “Isso garante que as imagens não sejam vazadas sem autorização judicial”, completa.

Outra maneira de garantir que as imagens produzidas pelas câmeras portáteis não foram alteradas – assim como a data ou um trecho ser apagado ou editado – é o uso de assinatura eletrônica em cada imagem gerada.

câmeras portáteis; governo; Rio de Janeiro

Policial Militar com a câmera portátil no uniforme. Foto: Eliane Carvalho/divulgação

Relembre

O L8 Group arrematou o pregão eletrônico com um lance de R$ 296 por câmera portátil, representando uma redução de 70% do montante inicial, fixado em R$ 985.

Treze órgãos participam desse programa: Polícia Militar, Polícia Civil, Defesa Civil, Operação Segurança Presente (Secretaria de Governo), Lei Seca (Secretaria de Governo), Operação Foco (Casa Civil), fiscais da Secretaria de Fazenda, Detran, Procon, Instituto de Pesos e Medidas, Departamento de Recursos Minerais, Instituto Estadual do Ambiente e Detro.