O site telecoms divulgou nesta segunda-feira, 14, que o diretor de vendas da Huawei, na Polônia, Wang Weijing, serviu o corpo diplomático chinês. A alegação da prisão, ao contrário do que disseram ao site de notícias Reuters na última sexta, 11, é espionagem. A Huawei demitiu o empregado imediatamente.

Wang Weijing, que também atende pelo nome de Stanislaw Wang, depois de servir como adido no consulado geral chinês em Gdansk, ingressou no escritório da Huawei na Polônia em 2011, primeiro como diretor de relações públicas e depois como diretor de vendas responsável por vender para o setor público polonês. Wang foi detido em 8 de janeiro.

Segundo a emissora pública polonesa TVP, o funcionário da Orange foi preso pelas mesmas alegações. Identificado como Piotr D, ele já trabalhou na Agência de Segurança Interna da Polônia. Segundo apurações do site, ele saiu da agência depois de ser suspeito de corrupção, mas não foi formalmente acusado.

Apesar dos problemas em mercados como EUA, Nova Zelândia, Japão e Reino Unido, os negócios da Huawei na Europa Oriental, até então, não eram questionados. No entanto, com os últimos eventos, a empresa chinesa deve começar a sentir a pressão. No último sábado, 12 de janeiro, Joachim Brudzinski, ministro do Interior da Polônia, pediu uma posição conjunta UE-OTAN com relação a proibir a Huawei nesses mercados ao falar em uma estação de rádio comercial polonesa.

Em um comunicado enviado à mídia após a prisão de sua CFO no Canadá, Meng Wanzhou, e enviado novamente após as prisões na Polônia, a Huawei afirma que cumpre todas as leis e regulamentos aplicáveis nos países onde opera, e exige que todos os funcionários cumpram as leis e os regulamentos nos países onde estão baseados.