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O avanço da variante ômicron do novo coronavírus (Sars-Cov 2) e a demanda de passaporte da vacina para confirmar o ciclo vacinal e confirmar se uma pessoa está devidamente imunizada contra a doença está gerando uma nova fonte de negócio para os fraudadores. Um relatório da Check Point revela um crescimento exponencial no mercado ilegal de certificados falsos de vacinação e de teste PCR que são comercializados via Telegram.

Com o aumento dos casos com a variante ômicron e o recrudescimento dos governos contra os cidadãos que não se vacinaram, o valor dos testes aumentaram em comparação ao ofertado pelo mercado cinza a partir da variante delta, de US$ 75 para US$ 600. O pagamento é feito via Bitcoin, como aponta uma das mensagens compartilhadas pela Check Point.

Exemplo de diálogo para venda de falso teste PCR por US$ 600 pagos via Bitcoin (crédito Check Point/divulgação)

A companhia de segurança alerta ainda que os certificados atraem usuários que foram positivados em testes PCR, aqueles que não se imunizaram e pessoas desavisadas que estão procurando informações sobre a doença.

Ao menos um grupo de falsários estava ativo durante a onda delta, explica a empresa de segurança. Ficou em silêncio em outubro do ano passado, mas ressurgiu com a ômicron. Durante a variação delta, a Check Point contabilizou até 10 mil vendedores em grupos de Telegram com mais de 300 mil pessoas.

Brasil

Certificado de vacinação falso da cidade de São Paulo obtido em setembro de 2021 (crédito: Check Point/divulgação)

Em setembro do ano passado, a Check Point havia descoberto esse tipo de comércio ilegal no Brasil durante a variante delta. Na época, o preço praticado era de US$ 80. Agora não foi encontrado nenhum novo grupo atuando no País.

Em resposta por e-mail a Mobile Time, Fernando de Falchi, gerente de engenharia de segurança da companhia, diz que o crescimento deste mercado é exponencial no mundo: “Algumas ofertas não estão restritas apenas à darkweb, mas também no Telegram com ofertas de certificados falsos”, completa.

Vale dizer, o Telegram é o sétimo app mais popular na home screen do brasileiro, presente em 11% dos aparelhos, segundo a pesquisa do Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de apps deste mês de janeiro.

Em uma matéria recente, Mobile Time abordou como o Telegram está se tornando o território de vale (quase) tudo na Internet brasileira. Veja no card abaixo:

Telegram: o sedutor ambiente do vale (quase) tudo