No primeiro lançamento após mudança de sua estratégia global, a Asus deu o tom de como será a gestão da empresa e do portfólio de handsets no Brasil: mais regional e próxima ao consumidor nacional. Para isso, a companhia trará inicialmente dois dispositivos intermediários, com o intuito de alcançar aqueles que desejam evoluir dos modelos com preços de entrada para os medianos.

Em conversa durante o lançamento dos novos Zenfones, o diretor global de marketing da Asus, Marcel Campos, explicou que a estratégia da Asus para o Brasil visa ser mais enxuta no portfólio, com uma série com oito a nove handsets no total: “O portfólio abaixo do Zenfone Max M2 (lançado na quarta-feira, dia 13), todo ele, vai diminuir. Teremos o Zenfone 5, Zenfone 5 Selfie, Zenfone Max (M1 e M2) e Zenfone Max Shot”.

O diretor da companhia frisou que nesta estratégia mais enxuta e próxima do consumidor a sua empresa procurou trazer mais funções e soluções para os handsets, como câmeras triplas e câmeras duplas nos novos modelos, inteligência artificial nas câmeras e experiência de Android Puro.

Nota-se que o handset de entrada, Zenfone Live, não foi citado pelo executivo, uma vez que sairá do portfólio na nova estratégia, tampouco o próximo carro-chefe da companhia, o Zenfone 6, que deve chegar no segundo semestre de 2019.

Pesquisa e relação com o consumidor

Para chancelar esse movimento, a Asus realizou uma pesquisa com 5,7 mil entrevistados via web para entender o usuário comum de handsets no Brasil. Nela, 42% possuíam um smartphone com três anos ou mais e 72% gastaram menos de R$ 1 mil para comprar um dispositivo. Os participantes ainda disseram que trocariam um smartphones até julho deste ano para se livrar da lentidão do atual dispositivo (25%); quebra do atual aparelho (27,2%); e promoção especial no varejo (28,4%).

Questionado por Mobile Time se o foco no consumidor comum pode significar lançamentos futuros de dispositivos mais baratos e simples, com Android Go ou KaiOS, Campos rechaçou a ideia. Em sua visão, o consumidor de dispositivos está em rumo “à evolução”, ao saltar de handsets básicos para modelos mais avançados.

“O consumidor comum quer sair da falta de bateria, da câmera ruim, do celular que trava, da conexão 2G”, completou o executivo. “Ele quer evoluir (em todos esses aspectos)”, completou.

Campos também foi perguntado se há planos da Asus em aderir ao eSIM. Ele também descartou a ideia. Em sua visão, há diversos problemas a serem resolvidos, em especial com relação às fraudes que podem ocorrer.