A Gemalto busca cumprir uma meta plurianual de 650 milhões de euros de lucro e receita de 1 bilhão de euros até o fim de 2017 com Internet das Coisas (iOT) e pagamentos móveis, novas categorias da tecnologia mundial que Ernesto Haikewitsch, diretor de marketing e comunicação da Gemalto na América Latina, não considera “modismos”.

“Não vejo IoT como modismo, mas como um mundo de oportunidades”, disse o executivo em entrevista ao MOBILE TIME. "A Gemalto tem dado um foco muito grande neste segmento da Internet das Coisas".

A aposta da Gemalto é alta. A empresa lançou recentemente um cartão com display e código de verificação, além de firmar parceria para inserir cartões de telefonia móvel eSIM nos novos relógios inteligentes da Samsung, Gear S2 e Gear S2 Classic. O diretor da Gemalto relata que a parceria com a Samsung não é exclusiva, mas espera que seja a abertura para um novo caminho nos dispositivos inteligente (wearables) – categoria que considera vital para o desenvolvimento da IoT no mundo e que deve chegar a 126 milhões de unidades vendidas até 2019, segundo análise da IDC.

Mercado brasileiro

O diretor da Gemalto para a América Latina acredita que faltam passos para o IoT e wearables desenvolverem no Brasil e na região latina. Como exemplo, ele cita que o wearable da Samsung começou a ser vendido apenas nos Estados Unidos e Coreia do Sul com cartão eSim. “Ele (Gear S2) só foi lançado com 3G nos EUA e Coreia do Sul. Digamos que essa parceria da Samsung dá um diferencial, mas não há um roll-out em nível global”, afirmou o diretor.  

Questionado se a crise deve retardar os investimentos das empresas com a Internet das Coisas e dispositivos conectados, Ernesto Haikewitsch acredita que não. Em sua visão, a IoT pode até ajudar no controle de gastos.

“Evidentemente que na crise todo mundo está olhando para custos. Soluções bem implementadas para IoT, reduzem os custos operacionais.Tem todo um processo existente – arcaico – que vai ser eliminado”, crê o executivo.