O cenário ainda está indefinido para o cumprimento das obrigações das vencedoras da faixa de 26 GHz do leilão do 5G, que deverão levar conectividade às escolas públicas do País.

Ainda sem um cronograma preciso, o Gape (Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas), estabelecido para monitorar a aplicação dos recursos provenientes da venda da faixa de 26 GHz, segue em fase de diagnóstico.

A informação foi divulgada pelo presidente do Gape e conselheiro da Anatel, Vicente de Aquino, durante o evento sobre políticas de telecomunicações, promovido por Teletime, nesta terça-feira, 15. Aquino apontou que há múltiplas fontes de informação, e o grupo está com dificuldades de depurar todas estas informações – ele se referiu, por exemplo, à quantidade de escolas públicas não atendidas pela Internet por nenhuma política pública.

O conselheiro afirmou ainda que o grupo fechou acordo com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que deverá entregar um estudo, já em vias de conclusão, com a lista de todas as escolas públicas urbanas, como levar conexão a estas escolas, e as formas de fazer esta conectividade. Um outro grupo, o GICE (Grupo Interinstitucional de Conectividade na Educação) deverá apresentar um mapa da conectividade na educação e apontar soluções. Segundo o GICE, há hoje mais de 35 mil escolas completamente fora do mundo digital no País.

“Teremos dois tipos de atendimento: escolas com baixa capacidade e sem nenhuma Internet. Sabemos que a maioria das escolas atendidas estão com velocidades muito aquém ao recomendado”, comentou Aquino.

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