A Ericsson registrou no segundo trimestre lucro de 4,6 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 430 milhões), revertendo o prejuízo de 11 bilhões de coroas suecas (ou US$ 1,03 bilhão) registrado um ano antes.
De acordo com os resultados financeiros apresentados nesta terça-feira, 15, as vendas cresceram 2% impulsionadas pela região das Américas e pelas receitas de licenciamento de propriedade intelectual (IPR), parcialmente compensadas por quedas em outras regiões, com os investimentos na Índia suspensos.
A fornecedora teve queda de receita de 6%, com um total de 56,1 bilhões de coroas suecas (US$ 5,24 bilhões) ante 59,8 bilhões de coroas suecas (US$ 5,59 bilhões).
A margem bruta ajustada subiu para 48% contra 43,9% no mesmo período em 2024. E, na mesma toada, o EBITDA ajustado cresceu 83%, atingindo 7,4 bilhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 692 milhões), com margem de 13,2% – sendo que, no segundo trimestre de 2024 estava em 6,8%.
No geral, o bom resultado foi atribuído à região das Américas, com crescimento orgânico de 10%, enquanto o Sul e o Sudeste asiático registraram queda de 22%.
Infraestrutura de rede
No segmento de infraestrutura de rede (networks), a receita sofreu queda de 5%, para 35,7 bilhões de coroas suecas (US$ 3,34 bilhões), frente aos 37,7 bilhões de coroas (US$ 3,52 bilhões) no segundo trimestre do ano passado. O principal motivo, de acordo com a Ericsson, foi um menor investimento na Índia e impacto cambial.
O lucro bruto ajustado aumentou 2%, chegando a 17,7 bilhões de coroas suecas (US$ 1,65 bilhão).
Software de nuvem e serviços
Houve queda também na receita da vertical software de nuvem e serviços, que recuou 5%, somando 14,4 bilhões de coroas suecas (US$ 1,35 bilhão) ante 15,2 bilhões de coroas suecas (US$ 1,42 bilhão) em 2024. Mas, vale dizer, houve crescimento orgânico de 1%, com destaque para o desempenho das Américas e o aumento do IPR.
E o lucro bruto ajustado teve aumento de 10%, chegando a 6,2 bilhões de coroas suecas (US$ 579 milhões).
Enterprise e IPR
Na vertical enterprise, o baque foi um pouco maior, com queda na receita de 14%, para 5,5 bilhões de coroas suecas (US$ 514 milhões) em comparação com 6,5 bilhões de coroas (US$ 607 milhões) um ano antes.
Já as receitas com licenciamento de propriedade intelectual cresceram 25%, para 4,9 bilhões de coroas suecas (US$ 458 milhões) frente a 3,9 bilhões de coroas (US$ 364 milhões) de um ano antes.
Mais sobre Ericsson
“Nossos resultados do segundo trimestre demonstram uma execução sólida de nossas prioridades estratégicas e operacionais. Alcançamos a maior margem de EBITDA ajustado dos últimos três anos, apoiados por ações contínuas de eficiência. Reduzimos estruturalmente nossa base de custos e estamos fortemente focados em alcançar ainda mais eficiências”, declarou Börje Ekholm, presidente e CEO da Ericsson no documento do balanço financeiro.
Os números de clientes globais de acesso fixo sem fio (FWA) ultrapassou 160 milhões e, segundo a empresa, “está gerando tráfego significativo nas redes”. O 5G Standalone ainda está limitado, mas a fornecedora aposta em casos de uso de inteligência artificial na borda da rede, por exigir latência ultrabaixa e desempenho aprimorado de uplink.
Para isso, a Ericsson anunciou aumento nos investimentos em IA, inclusive no consórcio da fábrica de IA da Suécia. A IA é essencial para acelerar a inovação, além de impulsionar a eficiência operacional interna. O ecossistema de APIs de rede continua crescendo, e a Aduna expandiu seu alcance de APIs de rede para os três principais provedores de serviços do Japão”, declarou Ekholm.