Mais uma rede social móvel foi acrescentada à lista das equipes de marketing digital dos candidatos nestas eleições: o Vine, onde são publicados vídeos curtos, com seis segundos de duração. Sucesso nos EUA, o app, que foi criado pelo Twitter, ainda não emplacou entre os usuários brasileiros. Mesmo assim, dois candidatos à presidência este ano decidiram experimentar o canal durante a campanha: Dilma Rousseff e Aécio Neves.

A conta oficial de Dilma no Vine foi criada em janeiro passado. Foram apenas 12 publicações até agora. Inicialmente, foi usada para compartilhar vídeos sobre projetos diversos do poder executivo, desde os investimentos nos estádios e nos aeroportos para a Copa do Mundo até a luta contra o racismo no futebol. Com a corrida eleitoral, passaram a ser publicados trechos dos vídeos exibidos na propaganda de TV. Neste fim de semana, a equipe de Dilma publicou pela primeira vez um vídeo curto da campanha na rua, aparentemente gravado com um celular mesmo, ao estilo da rede social: nele, a presidente aparece tentando acompanhar os passos de uma dança de rua.

A conta oficial de Aécio Neves, por sua vez, foi criada há apenas três dias. Esta sim nasceu para divulgar vídeos das andanças e encontros do candidato em sua campanha pelo Brasil. Aparentemente, será mais ativa que a da presidente: foram publicados sete vídeos nesse período, a maioria em uma carreata do candidato em Belo Horizonte.

O alcance do Vine ainda é relativamente curto. A conta de Dilma é seguida por 15,2 mil pessoas, uma quantidade irrisória se comparada com os 2,7 milhões de seguidores da presidente no Twitter. Seus vídeos contabilizam algumas dezenas de milhares de visualizações, ou "ciclos", como o Vine chama. A exceção foi um vídeo de apoio à seleção durante a Copa, que alcançou quase 700 mil ciclos. Aécio, por sua vez, têm apenas 250 seguidores no Vine, contra 85 mil no Twitter. Seu vídeo mais popular no Vine teve pouco mais de 4 mil exibições.