|Mobile Time Latinoamérica| Após uma semana de seu lançamento oficial, o Bre-B, sistema de pagamentos imediatos e interoperáveis da Colômbia, tem conseguido, pouco a pouco, se consolidar entre os colombianos. Segundo o Banco da República, equivalente ao Banco Central na Colômbia, a plataforma já processou mais de 15 milhões de operações, movimentando mais de 2 trilhões de pesos colombianos, e conta com 120 instituições financeiras ativas oferecendo o serviço por meio de seus próprios aplicativos.

“Estamos muito contentes com o início massivo do Bre-B. É um serviço que permite pagamentos imediatos de qualquer conta para qualquer conta”, afirmou Ana María Prieto, diretora de Sistemas de Pagamento do Banco da República, em entrevista ao Mobile Time América Latina, durante o eCommerceFest em Bogotá.

Em apenas alguns dias, 32 milhões de colombianos já registraram sua “chave”, totalizando 88 milhões de chaves ativas no diretório centralizado que gerencia as credenciais do Bre-B.

Segurança e prevenção de fraudes

Apesar do lançamento bem-sucedido, o Banco da República mantém o foco na segurança. “Até o momento não foram detectadas modalidades de fraude, mas é fundamental que os usuários se lembrem de que a chave não é uma senha e que nunca devem compartilhar informações pessoais nem pagar pelo registro”, alertou.

Prieto também fez um apelo para que os usuários evitem cair em mensagens falsas ou links fraudulentos relacionados ao novo sistema de pagamentos.

Próximas etapas: mais instituições, mais funcionalidades

A implementação do Bre-B continuará se expandindo nos próximos meses. O Banco da República espera encerrar 2025 com cerca de 200 instituições financeiras e cooperativas integradas ao sistema.

Além disso, está previsto o lançamento de novas funcionalidades, como pagamentos entre comércios e transações empresariais. Por exemplo, o pagamento de folhas de pagamento ou fornecedores, embora essas últimas ainda dependam da regulamentação correspondente.

“Por enquanto, o Bre-B suporta pagamentos entre pessoas e pagamentos em comércios, mas a ideia é que possa avançar para outras modalidades muito em breve”, adiantou.

Seguindo os passos do Pix

Com o Pix do Brasil como referência, o Banco da República busca seguir os passos do modelo brasileiro. “O que mais aprendemos com o Brasil foi a importância de integrar outros casos de uso para manter a relevância do ecossistema e torná-lo realmente útil no dia a dia dos cidadãos”, afirmou.

Embora, por ora, não se considere a interoperabilidade entre Pix e Bre-B, o Banco da República não descarta que esse seja um tema futuro, no âmbito dos esforços para fortalecer os sistemas de pagamentos instantâneos na América Latina.

 

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