| Publicada originalmente no Teletime | Após adicionar 113 mil clientes ao serviço de telefonia móvel no primeiro trimestre, ampliando a base para 452 mil, a Brisanet está confiante de que obterá números mais volumosos nos próximos trimestres deste ano.
A previsão é de que a adição líquida de usuários cresça, afirmou o CEO da operadora, José Roberto Nogueira, nesta sexta-feira, 16, em conferência com analistas depois da divulgação dos resultados do primeiro trimestre no dia anterior.
“Vamos trazer crescimento de base trimestre a trimestre. O segundo vai ser melhor do que o primeiro, e o terceiro, melhor do que o segundo. Estamos ajustados com todos os canais, praticamente todos os canais de vendas já entraram em operação”, destacou o executivo, acrescentando que a venda presencial ainda é a mais eficiente para a empresa, tendo em vista a necessidade de se apresentar como operadora de telefonia móvel para muitos clientes.
A expectativa é de que a receita móvel também siga em alta – no primeiro trimestre, a vertical gerou R$ 21 milhões de faturamento bruto. Isso porque, além da expansão da base, a operadora não está mais atuando com valores promocionais – o plano de três meses por R$ 4,90 foi encerrado em maio.
Atualmente, a Brisanet oferta planos mensais de R$ 29,90 (20 GB), R$ 39,90 (30 GB) e R$ 49,90 (100 GB). “Este tíquete maior já começou a vender e está fluindo bem”, ressaltou o executivo.
Ritmo consistente no fixo
A Brisanet registrou 47 mil adições líquidas de assinantes de Internet fixa no primeiro trimestre, dos quais 29 mil dizem respeito a conexões de fibra óptica (FTTH) e 18 mil de banda larga sem fio com rede 5G (FWA). A empresa projeta manter ritmo parecido nos próximos períodos do ano.
“Vamos entregar o ano nessa tendência. Vai estar equilibrado nos trimestres de 2025, com pequenas oscilações. Vamos manter em linha o crescimento do ano nesse média”, projetou Nogueira.
Na conferência sobre os resultados, o CEO ainda ressaltou que, enquanto a empresa ampliou a base de banda larga, “houve perda de 50 mil acessos no Nordeste”, citando dados compilados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Brisanet: combate ao churn
O executivo foi questionado sobre medidas para reduzir o churn (taxa de evasão de clientes) de banda larga da empresa, que ficou em 2,24% no primeiro trimestre, índice ligeiramente superior ao apurado no quarto trimestre de 2024 (2,2%).
Nogueira disse que o “churn pode ter uma pequena variação mês a mês” e isso se deve ao cenário de alta competição no Nordeste, com concorrentes praticando preços baixos para atrair clientes de outros prestadores. A Brisanet, contudo, não tem a intenção de fazer promoções agressivas, preferindo manter um tíquete médio por volta de R$ 80.
“Isso [muita competição] gera um ambiente que chamamos de ‘dança das cadeiras’. O cliente muda de operadora e todo mundo tem um churn alto, na casa de 2%. A vantagem é que mantemos um tíquete elevado”, avaliou o executivo. “Com essa concorrência, é impossível baixar [o churn] para 1%”, frisou.