A Visa e o Bradesco apresentaram nesta quinta-feira, 16, o primeiro wearable de pagamentos móveis que será usado nos jogos olímpicos Rio 2016. É a Pulseira Bradesco Visa, capaz de efetuar pagamentos por meio de Near Field Communication (NFC). Ao todo, 3 mil unidades serão distribuídas durante o período para atletas, celebridades, varejistas, comerciantes e jornalistas.

O lançamento da pulseira é exclusiva para o Brasil e poderá ser usada em mais de 1,5 milhão de máquinas de POS – aproximadamente 80% do parque nacional. Nos Parques Olímpicos do Rio 2016, todas as 4 mil máquinas já possuem a tecnologia NFC.

Com design azul, o wearable possui o símbolo das Olimpíadas do Rio e é feito de borracha com resistência ao suor e água – doce e salgada. De acordo com a diretora de marketing da Visa no Brasil, Martha Krawczyk, o gadget foi inspirado em acessórios de esportes, moda e pistas de corrida de atletismo.

Como funciona

A pulseira funciona como um cartão pré-pago e foi desenvolvida pela Gemalto, com proteção de segurança similar aos cartões. Ela possui um chip NFC dentro que, quando encostado à máquina de POS, pode efetuar o pagamento de uma conta. Para valores de até R$ 50 não há necessidade de senha: basta encostar e pagar.

Por meio do aplicativo da Pulseira Bradesco Visa (Android e iOS) ou do site da iniciativa, o cliente que recebeu o wearable pode checar o saldo, fazer a recarga colocando mais dinheiro na pulseira com cartão de crédito ou boleto e bloqueá-la em caso de roubo ou perda. O app foi disponobilizado pela Brasil Pré-Pagos, empresa especializada em soluções digitais para o segmento.

Adoção

A novidade surge 50 dias antes do começo dos jogos e servirá como testes para Visa e Bradesco entenderem a adoção da tecnologia de pagamentos móveis pela população brasileira na prática. “A transação contactless é mais rápida  se comparada com outros meios de pagamentos”, afirmou Percival Jatobá, diretor de produtos da Visa no Brasil.

O diretor da Bradesco Cartões, Cesario Nakamura, ressaltou que ainda não há planos para lançamento comercial da pulseira, pois dependerá do uso. Indicou também dois entraves que podem atrasar o crescimento da tecnologia: a população mais velha e os comerciantes, pois ambos possuem dificuldades para adotar novas tecnologias.

O investimento na iniciativa foi dividido em 50% entre Visa e Bradesco.