A Easy Taxi não vê Uber, 99Táxis e outros aplicativos de carona ou corrida de táxi como seus principais rivais, mas sim aquelas que os passageiros pedem na rua. Em entrevista ao MOBILE TIME, Dennis Wang, CEO da Easy Taxi, afirma que o maior concorrente de sua empresa “é o cliente que pede táxi na rua, não em aplicativos”.

Ele argumenta que apenas 15% das corridas de táxi são pedidas pelos aplicativos de táxi na América Latina – na Colômbia, o número cai para 8%. E revelou que os próximos passos da empresa na fusão com a colombiana Tappsi é crescer na região e manter-se líder diante de seus rivais. “O Uber não é maior que a gente na América do Sul”, enfatiza o CEO. “A gente está consolidando nossa posição de liderança em corridas por aplicativo na América Latina”.

Com a união de Easy Taxi e Tappsi, a nova holding assume a liderança diante dos rivais com um base de 25 milhões de downloads e 500 mil taxistas cadastrados. Além de tornar-se a maior startup da América Latina em volume de transações financeiras, com 2 milhões de movimentações mensais.

Ponte Brasil – Colômbia

Sobre a estrutura da nova empresa, Wang explica que há espaço para as duas marcas manterem-se no mercado. Portanto, Tappsi e Easy Táxi vão coexistir. Mas devem trabalhar em harmonia em áreas como tecnologia e treinamento de motoristas.

“São duas empresas bem enxutas. Vamos manter as duas marcas para garantir competição”, afirma Wang. “Outra parte que vamos trabalhar é a plataforma de tecnologia: vamos trocar o know-how das duas plataformas, mesmo elas trabalhando de forma independente”.

O CEO da Easy Táxi afirma ainda que o panorama é positivo para os próximos três anos, mesmo com a crise econômica assolando a região, e diz que possui planos de expansão para o Tappsi na América do Sul – atualmente, o app funciona na Colômbia, Peru e Equador –, mas dependerá da sinergia entre as duas empresas.