A TIM estuda uma maneira de herdar os clientes da Oi, após a conclusão de compra da sua operação móvel em parceria com Claro e Vivo, sem que os usuários precisem trocar de SIMcard, disse o CEO da operadora italiana, Pietro Labriola, em conversa com a imprensa nesta quarta-feira, 16. Ao mesmo tempo, a TIM aguarda mais informações sobre a quantidade de clientes da Oi em cada plano da operadora adquirida, pois a ideia é espelhar os mesmos planos na migração das bases, de maneira a reduzir o impacto para os assinantes.

Pietro Labriola, CEO da TIM, durante a videochamada na coletiva de fim de ano da companhia

“Estamos estudando para que o cliente não precise trocar o chip, pois isso teria um impacto pesado”, disse Labriola. “O ponto mais importante é o cuidado com o cliente. Precisamos gerar o menor ruído possível (na migração). No futuro desse mercado, a coisa mais importante não será gritar um preço baixo e botar um serviço que o cliente não gosta, mas botar um preço e um nível de serviço que o cliente goste. Este será cada vez mais o foco da TIM”, afirmou o executivo.

Os detalhes da partilha da base de usuários da Oi móvel ainda estão sendo definidos mas o processo levará em conta o share de cada uma das três operadoras em cada DDD, de maneira que não haja concentração demasiada em nenhuma delas. Desta forma, aquela que tiver a menor quantidade de usuários em determinada região será a que mais herdará assinantes da Oi nela.

Sobre a ameaça de contestação da compra da Oi na justiça, o vice-presidente de regulamentação e assuntos institucionais da TIM, Mario Girasole, comentou: “Não trabalhamos com a hipótese de judicialização. O que fizemos foi um ato aprovado por um juiz em um processo de recuperação judicial.”