O governo do estado do Rio de Janeiro vai reformular a "Cupom Mania", sua promoção que sorteia prêmios para quem envia por SMS os dados das notas fiscais dos serviços e produtos que consome. Paralelamente, promete investir mais em marketing para divulgar a campanha. A meta é ampliar a média mensal de mensagens de 200 mil para 1 milhão. Desde o seu lançamento, no fim de 2009, o projeto ajudou o Rio de Janeiro a aumentar em R$ 80 milhões a sua arrecadação anual.

A nova versão da promoção foi batizada de "Cupom Mania 2.0". A primeira mudança virá na forma de lei, a ser publicada em dezembro, que obrigará os estabelecimentos comerciais a incluir em seus cupons fiscais as informações sobre a promoção, como o número ("large account") para onde as mensagens devem ser enviadas e as instruções básicas. Além disso, o próprio cupom fiscal indicará o código que deve ser digitado pelo consumidor no SMS. Isso simplificará o serviço, pois atualmente o cidadão precisa digitar vários dados em uma determinada ordem na mensagem, como CNPJ, ECF, data e valor.

Haverá mudanças também nas premiações, que incluirão até mil prêmios instantâneos por dia de créditos de R$ 15 para telefonia celular. Essa novidade, contudo, ainda depende de acordos com as operadoras móveis. Hoje há sorteios TVs e celulares todos os dias; um automóvel zero Km por semana; R$ 100 mil em dinheiro por mês; e R$ 1 milhão por semestre. Na versão 2.0, além dos créditos para celular, haverá dois sorteios diários de R$ 1,5 mil; dois carros zero Km por mês; um sorteio mensal de R$ 150 mil; e um sorteio anual de R$ 1 milhão.

O modelo de negócios da promoção continuará o mesmo: é o consumidor quem paga por cada mensagem enviada, ao preço de R$ 0,31 mais impostos. A receita fica com a MJV Tecnologia, empresa que desenvolveu a plataforma. E o governo fluminense ganha com a melhora na arrecadação de impostos.

Futuro

É estudada também a possibilidade de, em uma terceira fase do projeto, o número do celular do cliente ser incluído no cupom fiscal. Assim, não será mais necessário o envio das mensagens de texto pelo consumidor. "Se em São Paulo os lojistas perguntam se a nota é com ou sem CPF, no Rio de Janeiro vão perguntar: quer nota com ou sem celular?", promete Maurício Vianna, diretor da MJV.